1,5 milhão de maranhenses fora da linha de pobreza

27-04-2012 08:50

 

O secretário de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho, participou, ontem, na Assembleia Legislativa, de um debate sobre o combate à pobreza no Maranhão. Ele confirmou os investimentos de R$ 500 milhões até o fim do governo Roseana Sarney, com o objetivo de tirar 1,5 milhão de maranhenses da condição de pobreza extrema. Foi o primeiro evento público de Fialho depois de efetivado no posto. A palestra do secretário foi realizada a convite do presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB).

A principal meta do secretário é reduzir os índices de pobreza extrema no Maranhão para abaixo dos dois dígitos. Para isso, pretende incentivar a produção de hortifrutigranjeiros em escala comercial suficiente para garantir o consumo no próprio estado, com auxílio do governo em todos os setores. "Vamos concentrar maiores esforços no campo, onde há o maior índice de pobreza. Mas a zona urbana das cidades também contará com nossa atuação", frisou Fialho.

De acordo com o projeto do governo, serão investidos recursos na produção de alimentos, com melhoria da qualidade técnica da plantação, garantia da posse da terra, infraestrutura nas áreas de plantadores e assistência à saúde, educação e segurança.

Fernando Fialho espera que, até 2015, São Luís possa estar consumindo produtos agrícolas produzidos no próprio Maranhão. "Sei que isto é possível porque já temos vários exemplos aqui no nosso estado, como é o caso dos polos agrícolas de São José de Ribamar, onde esta transformação está acontecendo. Pra isto acontecer, temos que reformular o nosso sistema de assistência técnica", afirmou.

Pobreza - O secretário revelou que o Maranhão reduziu em 12% os índices de pobreza nos últimos dez anos. Mesmo assim, o estado ainda conta com 1,6 milhão de maranhenses vivendo nessa situação, distribuídos pelas zonas rural e urbana.

Pela primeira vez na história do Legislativo estadual, parlamentares governistas e de oposição decidiram, juntos, buscar esclarecimentos das metas e objetivos de uma secretaria de estado recém-criada. E também pela primeira vez um titular de pasta decide mostrar, ponto por ponto, o que pretende fazer para reduzir os índices de pobreza no Maranhão.

Os deputados Hélio Soares (PP) e Zé Carlos da Caixa (PT) buscaram, especificamente, explicações sobre o projeto para reduzir os índices de pobreza. "É preciso explicar como as ações se interligarão para que os objetivos sejam atingidos com eficiência", disse Zé Carlos. Outros, como Bira do Pindaré (PT) e Roberto Costa (PMDB) deram sugestões sobre investimentos nas áreas rurais e urbanas. "Nós temos bolsões de miséria em São Luís gerados pela falta de perspectiva no interior. É preciso que as políticas públicas contemplem também estes jovens", pregou Roberto Costa.

Outras sugestões apresentadas fizeram referência a investimentos em assistência técnica, reforma agrária, qualificação da mão de obra jovem rural e urbana, segurança alimentar, combate ao analfabetismo, criação de um fundo da agricultura familiar, a pedagogia da alternância e o programa de georeferenciamento de propriedades.

Fernando Fialho mostrou, com dados e planilhas, que todas elas serão contempladas em sua gestão à frente do combate à pobreza.

Autor do convite ao secretário, Arnaldo Melo elogiou a iniciativa de Roseana para o combate à pobreza e garantiu a participação da Assembleia no projeto. "A Assembleia Legislativa vai contribuir com essa luta saindo da capital e indo para o interior. Temos que dar uma resposta urgente a esse problema. É hora do Maranhão fazer uma 'cruzada' contra o estado que vive na pobreza extrema", afirmou Arnaldo Melo.

Também participaram do debate com Fernando Fialho os deputados Francisca Primo (PT), Jota Pinto (PR), Dr. Pádua (PP), Neto Evangelista (PSDB), Hemetério Weba (PV) Manoel Ribeiro (PTB) e Valéria Macedo (PDT).

Números

R$ 500 milhões é o valor dos investimentos no combate à pobreza, até 2015

1,5 milhão de maranhenses ainda vivem em estado de pobreza extrema no estado

12% foi a redução dos índices de pobreza no Maranhão nos últimos dez anos. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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