Construção deverá crescer 25% este ano no Maranhão

28-11-2010 11:42

Após a crise internacional de 2008, que atingiu diretamente o setor da construção civil no Maranhão e no Brasil, o setor deverá fechar este ano com um crescimento de até 25% em comparação com 2009. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), João Alberto Mota.

Segundo o presidente do Sinduscon, este ano pode ser considerado como o melhor da história no setor. “Foi o melhor [ano] da construção civil. Nacionalmente, o setor cresceu mais do que o Produto Interno Bruto [PIB], que deve ficar de 7,5% a 8%. O Maranhão está acima da média porque o Nordeste está acima da média. Somente para se ter uma idéia, o Nordeste, na construção civil, cresceu acima de 30%. O Maranhão também cresceu com essa tendência, só perdemos para a Bahia”, declarou Mota.

No Maranhão, especificamente, 70% desse crescimento deveram-se à construção em grande escala de moradias populares para as classes média e média baixa em um processo de redução de demanda reprimida verificado no estado. Apesar disso, o Maranhão ainda detém um déficit habitacional de aproximadamente 490 mil residências. Mesmo assim, o Sinduscon ressaltou que houve um crescimento também da quantidade de casas de médio e alto padrão comercializadas no estado nos últimos anos.

Segundo o presidente do Sinduscon, a perspectiva de continuidade do projeto “Minha Casa, Minha Vida” e a continuidade do modo de gestão nos âmbitos estadual e federal dão segurança para que o setor continue com crescimentos expressivos nos próximos dois anos. “Só no ‘Minha Casa, Minha Vida’, a perspectiva é de que 2 milhões de pessoas sejam beneficiadas nos próximos três anos em todo o Brasil. As eleições da governadora Roseana Sarney e de Dilma Rousseff dão uma certa segurança para o setor da construção civil porque o que já vem acontecendo, vai continuar”, afirmou.

A expectativa do setor para 2011 é de que a construção civil também cresça, no Maranhão, na casa dos dois dígitos em patamares próximos aos 20% atuais. “Há a sinergia política para o nosso estado entre os governos estadual e federal e eu acredito que em 2011, graças à manutenção dos governos, sejam mantidos os patamares de 2010”, destacou. “A concretização de outros projetos, como a Refinaria, no nosso caso, também incentivará muito o crescimento do setor. A expectativa para 2012 é de que vamos crescer ainda mais. Eu diria que há uma perspectiva de crescimento em todos os cenários e faixas de construção de residências [baixo, médio e alto padrão]”, complementou Mota Filho.

Saneamento - Outra possibilidade considerada interessante para o setor, e que deve fomentar o crescimento nos próximos anos, está ligada ao investimento, cada vez maior, em projetos de saneamento básico em todo o Brasil. O Maranhão, por exemplo, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, divulgada este ano, tem rede coletora de esgoto em apenas 6,5% dos municípios. O índice somente não é pior do que no Piauí. “A presidente da República vai implementar outro projeto que, para a construção civil, será interessante: o saneamento básico. Isto é de extrema importância para o nosso setor e também para a saúde. Então é mais um item na construção civil que vai manter a estabilização”, estimou João Alberto Mota.

Apesar dessa curva ascendente no setor, o presidente do Sinduscon destacou que esse crescimento acima do PIB nacional tem um prazo de três a cinco anos para estabilizar-se. A partir daí, o desafio do setor é tentar manter um ritmo de crescimento pleno nos anos seguintes. Mota defende que, para isso, é necessário uma “sinergia” cada vez maior entre poder público e iniciativa privada. (Ed. 17.638; Complemento D; Economia - pág. 01)

 

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