Consumo de energia cresce no Maranhão
O consumo comercial de energia elétrica no Maranhão cresceu 16,2% em 2010 em comparação a 2009, sendo a maior variação na região Nordeste, de acordo com resenha mensal divulgada ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia. A média de crescimento do Brasil, que consumiu ano passado 69.086 GWh, foi de 5,9%.
Segundo a EPE, o crescimento no consumo de energia é resultante de um contínuo processo de instalação de estabelecimentos comerciais, em especial no Norte e no Nordeste, muitos de elevado padrão de consumo, como hipermercados e redes atacadistas. Verifica-se, também, expansão de vários segmentos de prestação de serviços, entre os quais o de educação, saúde e turismo.
Sem falar que o aumento da renda e do crédito estimulou o comércio e o setor de serviços, o que se deu com maior intensidade nas regiões Norte e Nordeste do país. De acordo com o Banco Central, até outubro, cerca de R$ 1,5 bilhão foi direcionado ao comércio, equivalente a um aumento de quase 10% sobre 2009.
Dessa forma, o Norte e o Nordeste são destaques, com taxas respectivas de 11,0% e 8,9% em relação a 2009. No Norte, Tocantins apresenta crescimento da ordem de 17%, fruto da instalação no estado de grandes redes de supermercado e de lojas de departamento.
Nos demais estados da região, as taxas se situam de 9% (Roraima) a 13,3% (Amapá). No Nordeste, o aumento do consumo comercial também é disseminado, neste caso com as taxas variando de 5% (Sergipe) a 16,2% (Maranhão).
Residencial - O consumo residencial de energia elétrica no país encerrou 2010 com aumento de 6,3%, mantendo o patamar de crescimento de 2009 (6,4%). A evolução deste consumo nos últimos anos tem sido favorecida por um mercado de trabalho aquecido (taxa de desocupação em queda e aumento do emprego formal, da massa salarial e do rendimento médio) e pela oferta de crédito, que vem estimulando a aquisição de aparelhos eletrodomésticos com decorrente consumo adicional de eletricidade.
A ampliação do consumo residencial é, pois, conseqüência do aumento do consumo médio no país, que passou de 150,1 para 153,9 kWh/mês de 2009 para 2010, e da base de consumidores conectados à rede - entre dezembro de 2009 e de 2010 foram realizadas 2,064 milhões de novas ligações.
O aumento ocorreu em todas as regiões, com destaque para os resultados no Norte e no Nordeste, que registraram os maiores acréscimos tanto para o número de unidades quanto para o consumo médio. No Nordeste, este indicador superou, pela primeira vez desde o racionamento de 2001, o patamar de 100 kWh/mês.
Já o consumo industrial na rede liderou a expansão do mercado em 2010, contribuindo com 4,5 pontos percentuais na taxa anual de 7,8% do consumo total. Ano passado, a indústria consolidou o processo de recuperação da crise financeira e consumiu 183.743 GWh na rede, com aumento de 10,6% sobre 2009. Esse resultado supera o consumo de 2008, antes da crise.
(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.696, Economia – pág. 06)