Copa do Mundo criará oportunidades de negócios em todo o país, prevê Itaú
São Paulo - A Copa do Mundo traz grandes chances de crescimento econômico ao país que a realiza. Tendo em vista essas oportunidades, semana passada foi realizado no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Seminário Itaú Empresas para a Copa do Mundo de 2014.
Assuntos como economia brasileira, financiamentos para empresas e impactos da Copa no Brasil foram bastante abordados pelos palestrantes e ouvintes presentes no evento. Executivos do banco destacaram as oportunidades que o evento proporciona ao país e à iniciativa privada nacional. Ressaltaram inclusive as oportunidades do Maranhão com o evento internacional, mesmo sem ser um dos estados onde haverá jogos.
A primeira palestra foi do economista-chefe do banco Itaú, Ilan Goldfajn, que começou fazendo um breve relato sobre a história da economia brasileira desde 1950, ano da primeira Copa do Mundo no Brasil. Depois, o economista classificou o turismo, o consumo, a infraestrutura e a Geração de Emprego como os setores que terão os maiores impactos diretos proporcionados pela Copa.
O aumento do PIB brasileiro em 1,5%, resultando na geração de mais de 250 mil empregos e o aumento do poder de compra do brasileiro foram outros temas abordados. Além disso, o aumento no número de exportações, segundo Ilan Goldfajn, deve ser um fator importante para o crescimento nacional. “A exportações aumentam 30% nos países que já sediaram a Copa. No Brasil, apenas 15% do PIB vêm das exportações”, observou.
Empresas - O evento continuou com a palestra do diretor de Produtos da Área Empresas do Banco Itaú, Carlos Maccariello, que falou da importância do evento para as empresas de médio e pequeno porte, que pretendem crescer com a realização da Copa no Brasil. “O Itaú tem várias formas de colaborar, principalmente com pequenas e médias empresas, principalmente por detectar o potencial destes setores. Claro que queremos resultados, porém, para agregar valores ao banco, preciso primeiro agregar valores ao cliente”, ressaltou.
Além disso, Maccariello alertou as empresas para que fiquem atentas às oportunidades do pré e do pós evento também, para não se tornarem grandes “elefantes”, ou seja, com grande estrutura, funcionários capacitados e, mesmo assim, não tendo como se manter depois da Copa. “Dificilmente se encontra um setor que não será beneficiado com esta Copa. O Brasil é a bola da vez no que diz respeito a eventos de grande porte e os pequenos e médios empresários devem ficar atentos”, reiterou o executivo do Itaú.
Maranhão – Com relação ao Maranhão, que não está entre os estados que sediarão a Copa do Mundo, Carlos Maccariello ressaltou que o estado também terá de se preparar e os empresários deverão ficar atentos, já que receberá turistas que virão ao Brasil não somente por causa dos jogos da Copa.
“Eu conheço bastante o Maranhão. E mesmo não sendo uma das 12 cidades escolhidas para sediar a Copa, a cidade é sim um destino indutor, ou seja, é um investimento que tanto o Município quanto o Estado devem fazer. Aí é muito mais também de uma colaboração do setor público do estado para colocar em exposição os carros-chefes do turismo do Maranhão. O turista não vem somente para assistir aos jogos. Ele vem para consumir, para conhecer, para ter um roteiro futuro, para trazer amigos e parentes posteriormente. O Maranhão deve se preparar como qualquer destino do Brasil. Devemos nos preocupar também com o pré-copa e com o pós-copa”, observou Maccariello.
Após as palestras dos dois representantes do Banco Itáu, diretores e proprietários de empresas parceiras ao banco que já se movimentam visando à Copa encerraram o evento dando algumas dicas e depoimentos sobre o trabalho executado à frente de suas empresas.
A diretora e proprietária da Saluton Idiomas, Maria Cláudia, e o diretor-executivo da Octagon Brasil, Fred Pollastri, foram os escolhidos para expor suas experiências e dar seus conselhos aos presentes. Além dos dois, esteve presente o superintendente do Sebrae de São Paulo, Bruno Caetano, que deu dicas às empresas interessadas em fazer bons negócios com a Copa do Mundo. Ele alertou para a necessidade de maior interação entre grandes, médios e pequenos empresários. “Temos de aliar a micro e pequena empresa às médias e grandes. Temos de juntar os dois lados para perpetuar esse crescimento, mesmo após a Copa”, salientou. (Fonte: O Estado do Maranhão)