Energia limpa nos Lençóis
Até o primeiro semestre do próximo ano, devem ser iniciados os serviços de infraestrutura dos 24 projetos da Bioenergy, nos Lençóis Maranhenses, para produção de energia elétrica movida pelo sistema eólico. Na primeira fase, serão investidos cerca de R$ 2 bilhões para geração de 720 MW, já a partir de março de 2014, segundo detalhou o presidente da empresa, Sérgio Marques.
Para detalhamento do seu projeto, Sérgio Marques teve duas reuniões em São Luís. A primeira com secretários de estado, na Secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc), e a segunda no Hotel Luzeiros, com prefeitos e lideranças comunitárias de povoados dos municípios em que serão implantadas as unidades geradoras de energia: Barreirinhas, Paulino Neves e Tutoia.
“Nosso empreendimento deixou de ser um projeto e passa a tornar-se uma realidade no Maranhão que é um estado com vocação natural para geração de energia eólica”, afirmou.
Energia
A geradora pretende viabilizar 24 projetos de usinas eólicas no estado – cadastrados no último Leilão A-3 promovido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O portfólio da Bioenergy soma ao todo 50 projetos de parques eólicos, que totalizam 1.500MW e deverão ser comercializados nos próximos leilões promovidos no Ambiente de Contratação Regulado (ACR) ou no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
“Isso é resultado de cinco anos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de nossa empresa no estado”, explica Sérgio Marques. Segundo ele, “esta é um resultado que agora todos os maranhenses poderão recolher na forma de geração de energia limpa, de empregos e novos recursos”.
Os trabalhos preliminares para o início da implantação dos projetos na região dos Lençóis já foram iniciados. A Bioenergy estima a geração de 2.000 postos de trabalho durante o auge do empreendimento, sendo que somente engenheiros serão mais de 120.
Integração
Pelo detalhamento de Marques, toda energia produzida nos Lençóis Maranhenses será trazida até Miranda do Norte, onde será integrada ao sistema de distribuição da Eletronorte, empresa encarregada da comercialização da energia.
O empresário fez questão de tranquilizar as autoridades e comunidades ao informar que vai ocorrer no Maranhão o mesmo registrado recentemente no Rio Grande do Norte, onde depois de concluídos os parques não havia linhas para levar energia aos consumidores. Para evitar esse tipo de problema, a empresa optou por não terceirizar serviços.
Marques fez questão de enfatizar que outro ponto positivo do empreendimento é a geração de energia limpa, isto é, sem nenhum tipo de agressão ao meio ambiente, pois o que movimenta os geradores é o vento.
Para o secretário Maurício Macedo, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, foi uma reunião de alinhamento com secretarias do governo para que os secretários conhecessem o projeto e pudessem dar suas contribuições. “É um projeto importante, pioneiro no estado, para produzir energia limpa e certamente promover a criação de renda, empregos e algumas melhorias para a população”.
(Fonte: O Imparcial)