Falta de mão de obra é risco para expansão de empresas

19-04-2011 16:18

 

As empresas terão que começar a criar alternativas para suprir essa carência de mão de obra, qualificando e investindo na preparação de profissionais

De acordo com o International Business Report (IBR) 2011 da Grant Thornton, a falta de mão de obra qualificada é um dos principais limitadores da capacidade de expansão das empresas brasileiras.

O número de empresários que consideram a falta de mão de obra qualificada como fator limitador cresceu 19% no último ano, somando 49% dos consultados, enquanto as regulações e a burocracia tiveram aumento de 15%, totalizando 52%.

Madeleine Blankenstein, sócia da área de desenvolvimento de novos negócios da Grant Thornton, conta que as áreas mais deficientes em mão de obra são as engenharias e as ligadas às finanças e tecnologia em geral. A falta de especialistas à altura das vagas oferecidas vem sendo percebida pelo mercado desde o ano passado. "Existe uma deficiência de profissionais formados nessas áreas", conta Madeleine.

Outra dificuldade enfrentada pelas empresas é a falta de domínio do inglês e outras línguas estrangeiras. "Alguns cursos tradicionalmente não atraem pessoas interessadas em estudo de línguas, como contabilidade", afirma Madeleine.

"As empresas terão que começar a criar alternativas para suprir essa carência de mão de obra, qualificando e investindo na preparação de profissionais que estão ingressando no mercado, com cursos e treinamentos. Sem isso, pode haver um encarecimento muito grande desse tipo de mão de obra e recrutamento de profissionais do exterior", opina Javier Martínez, diretor de marketing e comunicação para America Latina da Grant Thornton.

Para todos os países do Bric (42%) e América Latina (43%) o fator preponderante para inibir o crescimento das empresas é a falta mão de obra qualificada, uma elevação de 17% e 20% respeito do ano passado.

Na Índia, houve um crescimento de 30 pontos percentuais em relação ao ano passado na quantidade de empresas que citaram dificuldade para encontrar profissionais qualificados como entrave para o crescimento dos negócios.

Burocracia ainda é vilã

Os empresários brasileiros são os que mais se preocupam com a burocracia — depois da Polônia (55%) — com um percentual bem acima da média global de 33%, atingindo 52% do total.

"A burocracia continua sendo a maior preocupação dos empresários brasileiros quando falam sobre crescimento ou expansão. O Brasil ainda é um dos países com maior numero de trâmites por fazer e os empresários precisam, num mundo digital e de rápida movimentação, de uma menor quantidade de tempo investido neste tópico. O Brasil tem que liderar os mercados emergentes nesta categoria também", afirma Martínez. (Fonte: BRASIL ECONÔMICO, EMPRESAS)

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