GM retoma projeto da fábrica de motores

24-02-2011 14:34

 

Ainda sob o impacto da notícia da súbita saída da americana Denise Johnson da presidência da empresa, executivos da General Motors do Brasil foram ontem a Joinville na tentativa de agilizar um projeto atrasado, mas importante para o desenvolvimento de novos veículos. A fábrica de motores, inicialmente prevista para começar a produzir no primeiro semestre de 2010, ainda não começou sequer a ser construída. Na conversa com autoridades locais, ontem, representantes da GM se comprometeram a iniciar a obra em meados de abril.

A nova previsão de início de produção de motores em Santa Catarina, que será a primeira fábrica exclusiva para motores da GM no Brasil, ficou para o último trimestre de 2012. A empresa atribui o atraso às chuvas fortes que atingiram a região no fim de 2008. A terraplenagem foi concluída 75 dias depois do previsto.

Ontem, em um café da manhã com o prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT), o vice-presidente de Comunicação, Relações Públicas e Governamentais da GM, Marcos Munhoz, e o gerente Antonio Carlos Ramos anunciaram que o lançamento da pedra fundamental da fábrica deverá ser feito na primeira quinzena de abril.

A etapa civil do projeto que receberá investimento de R$ 350 milhões, está a cargo da Cesbe, de Curitiba. Essa empresa também realizou a terraplenagem da área de 504 mil metros quadrados. A tarefa começou no fim de 2008, mas foi interrompida no começo de 2009. Na época, a enchente que ocorreu no Estado foi uma das razões alegadas pela empresa para a paralisação das obras. A crise mundial que afetou gravemente a matriz americana pode também ter influenciado a decisão de suspender os trabalhos.

Em meados de fevereiro, o governador Raimundo Colombo (DEM) foi pessoalmente à sede da empresa, em São Caetano do Sul (SP), na tentativa de obter uma posição sobre o cronograma de investimento. Depois do encontro, Colombo chegou a anunciar que a obra seria retomada em 16 de março. Ontem, os executivos informaram ao prefeito Carlito que estenderiam o prazo para ter condições melhores de preparar o início da obra.

A fábrica ocupará área de 60 mil metros quadrados no local em que há mais 180 mil metros de área verde. A produção inicial será de 120 mil motores, que vão abastecer a fábrica de automóveis de Gravataí (RS), e 200 mil cabeçotes, dos quais 120 mil serão usados na própria produção dos motores em Joinville. Os outros 80 mil serão exportados para a fábrica da GM em Rosario, na Argentina.

A General Motors precisa dos motores que serão fabricados em Joinville para equipar os carros do chamado projeto Ônix, a nova linha de veículos que será produzida em Gravataí.

A subsidiária brasileira da GM tem um programa de investimentos de R$ 5 bilhões até 2013. Grande parte desses recursos será utilizada na renovação dos produtos. Com a crise financeira que afetou a matriz, nos Estados Unidos, o desenvolvimento de veículos no Brasil tomou um ritmo lento em relação à pressão que o aumento no número de concorrentes exerce sobre todos os fabricantes de veículos. (Colaborou Marli Olmos, de São Paulo)

 (Fontes: VALOR ECONÔMICO, EMPRESAS)

 

 

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