Greve na Alfândega não deve afetar desembarque de combustível no Itaqui
Cargas de derivados de petróleo e produtos químicos terão prioridade de liberação durante operação padrão dos auditores fiscais da Receita Federal.
Agreve dos auditores fiscais da Receita Federal não deve afetar o abastecimento de combustíveis descarregados no Porto do Itaqui, informou ontem Luiz Fernando da Conceição Martins, presidente da delegacia sindical no Maranhão do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). De acordo com o sindicalista, cargas perigosas (produtos químicos) e derivados de petróleo terão prioridade de liberação na Alfândega.
Segundo Martins, a greve dos auditores fiscais vai se restringir à operação padrão, medida adotada pelas lideranças nacionais do movimento. Trata-se de uma verificação mais meticulosa dos processos alfandegários de importação e de exportação. O sindicalista ressaltou que os operadores portuários e as agências marítimas que tiverem de resolver casos de urgência na liberação de cargas podem sofrer com a operação padrão.
O representante local do Sindifisco Nacional também informou que, em média, a liberação de documentos na Alfândega dura dois dias, mas que casos como cargas de derivados de petróleo (principal item da pauta de operações do Porto do Itaqui) são despachados mais rapidamente.
Ainda segundo Martins, os efeitos da operação padrão na Alfândega portuária não serão perceptíveis de imediato, uma vez que as atividades em curso tiveram o despacho aduaneiro antecipado.
O presidente do Sindicato das Agências de Navegação (Syngamar), Jorge Afonso Guagliani Pereira, informou ontem que ainda não há queixas das empresas do setor quanto à liberação das operações nos portos de São Luís, e que a entidade vai acompanhar o desenrolar da operação padrão na Alfândega. A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Itaqui, bem como os responsáveis pelos terminais privativos Ponta da Madeira (Vale) e Alumar, também não relataram nenhuma alteração nas atividades dos seus atracadouros.
Vale lembrar que o titular da Alfândega, Alexandre Magno Ferreira e Souza, informou segunda-feira que a greve dos auditores fiscais não deve alterar significativamente os trabalhos no órgão, a princípio, pois o movimento não atinge o pessoal administrativo e a chefia dos auditores fiscais, o que pode garantir o eventual despacho de operações portuárias. (Fonte: O Estado do Maranhão)