Helena avalia audiência sobre pólo guseiro e critica Vale

25-11-2010 12:03

A deputada Helena Barros Heluy (PT) avaliou, em seu discurso, nesta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa, a audiência pública “Açailândia não pode parar”, que abordou a demissão em massa de metalúrgicos no pólo guseiro daquele município. A deputada criticou a maneira como a Vale contribui para o “descarte” dos trabalhadores das empresas de ferro-gusa.

“É um impacto violento na realidade, no direito à vida, ao trabalho, à dignidade. São pessoas descartadas, porque a Vale resolveu vender seu produto, a preço inferior, para a China”, criticou Helena, para quem a audiência foi uma “oportunidade de ouvir o clamor de um segmento sujeito às agruras da demissão, uma realidade brutal e cruel em diversos aspectos que envolvem Açailândia e sua gente”.

Helena observou que os 38 trabalhadores, “vítimas da dinâmica do grande capital e da Vale”, contavam que falariam para os deputados do Legislativo maranhense, apenas Carlos Amorim (PDT) e Antônio Bacelar (PV), que presidiu grande parte da audiência, compareceram. Ela afirmou que, apesar da emoção e do entusiasmo de terem conseguido falar em audiência para autoridades sobre o drama açailandense, os metalúrgicos voltaram para casa com a grande interrogação sobre qual será a saída para o problema.

A deputada ressaltou as profundas repercussões sociais e econômicas para o município e seus moradores, sobretudo para os trabalhadores e suas famílias, cuja angústia ficou demonstrada nas faixas colocadas no Auditório Fernando Falcão, local da audiência pública de terça-feira (23).

Prisão de Jorge Moreno

Ainda na tribuna, a deputada repudiou a prisão do juiz Jorge Moreno, juntamente com alguns militantes sociais, durante uma manifestação, em Dom Pedro. Helena criticou o fato e questionou que algo dessa natureza aconteça em pleno estado de direito.

“Faço esse registro, lamentando este retrocesso. Eu tenho dificuldades de conviver com retrocesso de conquistas históricas do povo brasileiro”, frisou.

Lixão

A parlamentar também manifestou solidariedade para com a população de Rosário, município que, segundo denúncia de um panfleto, estaria ameaçado de receber um lixão em seu território. Helena colocou-se à disposição da comissão de deputados que se reuniu com integrantes do movimento que denunciou a prefeitura de Rosário ao parlamento.

Para Helena, o panfleto que denuncia a implantação do lixão, em Rosário, merece “uma leitura com calma sobre o que representa”, pois se trata de uma questão grave e que envolve risco de contaminação do solo daquele município, cortado de igarapés e riachos.

“Isso implicará numa contaminação maior, além das que virão com a implantação da refinaria”, alertou a parlamentar. (Assembleia Legislativa)

 

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