Instalação de aterro sanitário em Rosário é discutida na Assembléia
A instalação de um aterro sanitário regional no município de Rosário - defendida pelo prefeito Marconi Bimba e condenada por representantes da população - será tema de audiência pública na Assembléia Legislativa. Ontem, a deputada Eliziane Gama (PPS) levou o problema para a tribuna da Casa e foi duramente criticada pelo prefeito.
O projeto para instalação do chamado Centro de Referência para o Tratamento de Resíduos Domésticos, Industrial e de Saúde foi aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito Marconi Bimba. No local, deverá ser colocado lixo doméstico, industrial e de saúde de seis municípios.
"A cidade começou a se mobilizar em vários movimentos para evitar a instalação, já que, nesta área, será colocado não apenas o lixo de Rosário, mas também de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Bacabeira.", ressaltou a deputada. Na tribuna, ela falou ainda sobre os impactos ambientais que a instalação do depósito de resíduos trará para o meio ambiente por se tratar de uma região habitada e próxima a um riacho.
Na terça-feira, ela e os deputados Penaldon Jorge e César Pires se reuniram na Sala das Comissões com uma comitiva de moradores de Rosário que pediram providências contra a instalação do Centro. Eles informaram que já realizaram vários protestos e começaram a recolher assinaturas contra o projeto.
Reação - Marconi Bimba disse que a deputada nunca se preocupou com o lixo a céu aberto na cidade, que, segundo ele, existe há vários anos, e ela nunca se posicionou contra. "A deputada Eliziane Gama, que representa a classe evangélica na Assembleia, deveria ir à tribuna para esclarecer o que aconteceu com os 10 quilômetros de asfalto que ela e a então secretária de Infraestrutura, Telma Pinheiro, anunciaram com data de início das obras e o nome de todas as ruas que seriam asfaltadas. Até hoje nada foi feito", disse ele, por meio da assessoria.
Segundo o prefeito, o “lixão” existe há 13 anos, sem que ninguém houvesse protestado antes. Ele ressaltou que, por trás do movimento contra a instalação, existe forte influência da especulação imobiliária, pois, conforme afirmou, o terreno onde será implantado o aterro situa-se em uma área do bairro Buenos Aires, nas proximidades do local onde será implantada a Refinaria Premium I, de Bacabeira. (Ed. 17.635; Primeiro Caderno; Política – pág. 03)