Natal, compras e autoestima
A julgar pela movimentação registrada ontem na Rua Grande, nos shopping centers e outros centros comerciais, o Natal deste ano em São Luís será benéfico para a sua economia. Milhares e milhares e milhares de pessoas lotaram ruas e lojas do Centro da capital, numa festiva corrida às compras de última hora, repetindo a velha tradição brasileira de deixar tudo para a última hora. O importante, porém, é que o ludovicense foi às compras e fez a sua festa e a do comércio, numa saudável relação proporcionada pela data em que se comemora o nascimento de Jesus de Nazaré.
Os milhares de consumidores que, motivados pelo espírito natalino, foram ao Centro Comercial do Centro de São Luís, que tem a Rua Grande como eixo principal, encontraram um comércio aberto, com promoções e muita disposição para "esvaziar as prateleiras". Os registros feitos por O Estado nas últimas semanas sobre as compras natalinas indicaram que o movimento comercial deste ano seria bem maior, dada a disposição do assalariado de gastar um pouco mais em festas e presentes.
Por trás dessa pujança natalina, está uma realidade em que vive hoje o Brasil, na qual o Maranhão está plenamente incluído. Trata-se da arrancada desenvolvimentista do país, que já ocupa o lugar de oitava economia do mundo. Numa ciranda de avanços que lhe permitiu criar mais de 17 milhões de empregos nos últimos 10 anos - 2,3 milhões somente neste ano -, e com uma política inovadora de distribuição de renda - Bolsa Família e outros programas de inclusão socioeconômica -, o Brasil criou categorias e ajustou sua produção a esses novos consumidores. Com isso, a economia cresce, se não nos índices chineses, mas o suficiente para garantir um crescimento equilibrado e consolidado.
Nesse contexto, o Maranhão tem avançado como parte importante desse processo, à medida que sua posição estratégica e suas condições naturais de fronteira entre o Nordeste e o Norte o tornaram um dos polos de desenvolvimento mais importantes da região. Os estímulos do desenvolvimento econômico vão aos poucos alcançando o cidadão comum, que ganha incentivos com uma maior circulação de riqueza no estado. Não é sem razão de que o comércio está ampliando o seu movimento, com a multiplicação de espaços de vendas em toda as regiões da cidade.
O saudável de tudo isso é que o maranhense, em especial o ludivicense, está ciente de que vive um novo momento, que as oportunidades estão surgindo, que o capital está circulando e que é possível acreditar numa vida muito melhor. O Natal é momento em que se comemoram as conquistas e as alegrias. E como as compras indicam melhorias no bem estar social e econômico, a corrida às lojas mostra que o maranhense está com sua autoestima elevada. (Fonte: O Estado do Maranhão)