Qualidade do material escolar é verificada
Fiscais do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq) - órgão que representa o Inmetro no Maranhão - deram início na semana passada a inspeções em livrarias e papelarias de São Luís. O objetivo é verificar a qualidade do material escolar à venda, bem como a quantidade e a composição indicadas nas embalagens. A chamada Operação Escolar 2011 pretende garantir os direitos do consumidor, evitando a compra de material impróprio para o uso nas escolas. Os fiscais percorrem os locais, coletando produtos fora dos padrões legais. A estimativa é de que a inspeção seja encerrada sexta-feira.
Segundo o chefe do setor de pré-medidos da Inmeq, Rogério Ferreira Ribeiro, o objetivo dos fiscais é verificar se os materiais escolares estão em conformidade com as exigências do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). No caso, verificar a quantidade de folhas em cadernos, consultar se a quantidade indicada em embalagens em produtos como tintas e colas é realmente a mesma, entre outros materiais escolares.
“Estamos na temporada de compra do material escolar e o consumidor às vezes fica na dúvida: será que a quantidade de cola indicada na embalagem é realmente a mesma que tem dentro do frasco? E o caderno escolar que deveria ter 200 páginas? Será que alguém conta folha por folha?”, perguntou a dona-de-casa Luzia Fernandes Nascimento, que ontem fazia compras em uma papelaria situada no bairro São Francisco.
Para responder a estes questionamentos, os fiscais do Inmeq prosseguem com a operação nas livrarias. “Estamos verificando se os materiais escolares estão realmente dentro dos padrões de qualidade e de quantidade; em caso de suspeita de irregularidade, o produto é encaminhado para análise no laboratório”, disse o chefe do setor de pré-medidos do Inmeq, Rogério Ribeiro. Os objetos são encaminhados ao Inmeq, onde são analisados. Todo o material com irregularidades será destruído e os fabricantes, autuados.
Ele acrescentou que o consumidor também pode auxiliar o órgão. “Em caso de suspeita de não conformidade, ele pode acionar o órgão”, completou. Este ano, quase 200 itens da lista de material escolar serão testados. “Nós pegamos canetinhas, cadernos. Tudo vai direto para o laboratório, onde nós fazemos a análise”, detalhou Rogério Ribeiro. Os resultados dos testes no material levado para o laboratório do Inmeq serão divulgados pelo órgão.
Irregularidades - Em anos anteriores, a cola foi a campeã de irregularidades. De acordo com várias análises, o teste revelou uma diferença de 25% entre a quantidade do produto existente no frasco e a informada pelo fabricante. O segundo maior índice de irregularidade foi dos cadernos, com medidas diferentes e quantidade de páginas abaixo do declarado. Depois de identificado o erro, a equipe do Inmeq notificou o fabricante, para que ele retirasse o produto de circulação.
Para quem vai às compras, além da qualidade do produto, é importante pesquisar preços dos produtos exigidos pelas escolas em vários pontos de venda e não se deixar levar pelas tentações de adquirir produtos “da moda”. Também convém estar atento para itens da lista que não são de responsabilidade dos pais, como papel higiênico, material de limpeza e copos descartáveis.
(O ESTADO DO MARANHÃO; ED:1782; PRIMEIRO CADERNO; CONSUMIDOR; INMEQ)