Revista põe o Maranhão no mapa petrolífero

08-02-2011 14:55

 

Brasília - A edição deste mês da revista especializada Brasil Energia coloca o estado no mapa do petróleo, ao citar as bacias marítimas de Barreirinhas e Pará-Maranhão como áreas até então pouco exploradas pela Petrobras e por outras companhias, em que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) abrirá frentes de trabalho.

Além de Pará-Maranhão e de Barreirinhas, estão na rota de deslocamento do eixo exploratório brasileiro de petróleo da margem Sudeste para a costa equatorial do país - que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá - as bacias Potiguar, Ceará e Foz do Amazonas.

De acordo com a reportagem da revista, blocos dessas bacias, situados na margem equatorial brasileira, que deverão ser ofertados na 11ª Rodada de Licitações da ANP, segundo a Agência, têm potencial similar às regiões de águas profundas em Gana e Costa do Marfim, onde ocorrem grandes descobertas de óleo.

"Estão ocorrendo bons resultados na África, e é possível que nossos resultados sejam iguais ou melhores aqui. A margem equatorial brasileira é uma área enorme, com alguma similaridade geológica com áreas promissoras do continente africano", avaliou a diretora da ANP, Magda Chambriard.

E justamente pela Bacia Pará-Maranhão foram iniciados este ano, em meados de janeiro, os trabalhos exploratórios na margem equatorial brasileira, por meio da campanha que está sendo realizada pela Petrobras. A empresa está perfurando o primeiro poço (1-BRSA-903-PAS) no bloco BM-PAMA-3, com o auxílio da sonda Ocean Courage, até atingir a profundidade final de 5.908 m, em lâmina d'água de 2.060 m.

Na mesma região, a OGX aguarda licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar campanha de exploração. Dos cinco blocos adquiridos na Bacia Pará-Maranhão, na 9ª Rodada de Licitações da ANP, dois deverão ser perfurados este ano pela empresa de Eike Batista. Há projeções de reservas de 447 milhões de barris de óleo equivalente (BOE), considerando uma probabilidade de sucesso exploratório de 21,3%.

A OGX já adquiriu 672 km² de dados sísmicos 3D nos blocos BM-PAMA-13, BM-PAMA-14, BM-PAMA-15, BM-PAMA-16 e BM-PAMA-17, onde pretende perfurar sete poços até 2013.

Barreirinhas - O potencial da Bacia de Barreirinhas, que possui mais de uma centena de poços perfurados, com mais de 30 indícios de petróleo e gás, também foi citado pela revista Brasil Energia. Com cinco blocos na região (BM-BAR-1, BM-BAR-3, BM-BAR-4 e BM-BAR-5), a Petrobras deve perfurar e adquirir dados sísmicos na região este ano.

Segundo a revista, o compromisso da petroleira com a ANP prevê a perfuração de dois poços no terceiro período exploratório do BM-BAR-3, cujo prazo oficial venceu em setembro de 2010. A Petrobras detém 100% da concessão, após a saída da Devon e da SK do Brasil do projeto.

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A primeira campanha no BM-BAR-3 foi realizada pela Devon, então operadora do bloco, em 2009, marcando o retorno da perfuração exploratória na bacia depois de 12 anos. O poço 1DEV14MAS, prospecto batizado de Caranguejo, foi perfurado pelo navio-sonda Deepwater Discovery, da Transocean, e atingiu profundidade final de 4.825 m. A Devon, porém, não conseguiu comprovar que os indícios de gás encontrados tinham viabilidade comercial para justificar uma segunda perfuração na área.

 

(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.710, Economia – pág. 08)

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