Valemax na China só com mudança na legislação
RIO - A recente autorização do governo chinês para a construção de infraestrutura capaz de receber os gigantescos navios da Vale em um porto não muda a situação da mineradora, que deverá continuar impedida de exportar minério de ferro para o país por meio dos Valemaxes.
Já existem portos capazes de receber esses navios, e o que está impedindo é uma legislação que retira dos portos a capacidade de decidir sobre esse assunto, de acordo com o noticiário internacional.
O Ministério dos Transportes da China aprovou recentemente planos para a construção de ancoradouros de minério de ferro para embarcações de até 400 mil toneladas de porte bruto (TPB) no porto de Ningbo-Zoushan, no leste do país.
No início deste ano, a China fechou seus portos aos Valemaxes, depois de protestos domésticos contra os navios sob alegação de que a Vale estava usando as embarcações para dominar o comércio de minério de ferro. O primeiro e único Valemax a ingressar na China, o Berge Everest, de 388 mil toneladas, atracou no porto de Dalian em dezembro do ano passado.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, a questão é puramente política e nada técnica.
Plano B - Um plano B da Vale para contornar a resistência chinesa tem sido a construção de unidades flutuantes, centros de distribuição em países vizinhos para receber os Valemaxes, transferindo a carga para navios menores com autorização para atracar nos portos chineses. A mineradora decidiu construir e arrendar 35 navios gigantes para reduzir seus custos com frete, dada a grande distância entre a produção de minério de ferro no Brasil e o seu maior mercado consumidor, a China. (Fonte: O Estado do Maranhão)