A importância da parceria público-privada no programa “Maranhão Profissional”

13-06-2011 17:27

 

Edilson Baldez

Presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema)

 

O lançamento, em maio, do Programa Integrado de Educação “Maranhão Profissional” tornou-se uma referência histórica para o nosso Estado. Com a companhia do secretariado do governo e parceiros, compartilhamos o êxito da elaboração conjunta deste Programa, ótimo exemplo de Parceria Público-Privada. É uma resposta concreta ao enorme desafio da economia maranhense em buscar solução para o persistente estrangulamento da disponibilidade de recursos humanos qualificados para viabilizar os vultosos investimentos anunciados para o estado, que devem atingir cerca de R$ 100 bilhões ao longo dos próximos quatro anos.

Recursos da iniciativa privada acrescidos dos investimentos públicos confiam na pujança das oportunidades oferecidas pelas excepcionais riquezas naturais de nosso Estado, sobretudo, na capacidade realizadora e criativa de nosso povo.

O foco do “Maranhão Profissional” é o grande número de adolescentes e jovens adultos que necessitam se instruir e se preparar profissionalmente para o Mercado de Trabalho a fim de obterem boas chances de qualificação em uma carreira sem precisar visa, exclusivamente, um diploma universitário.

Sem diminuir a importância da educação superior, nem seria justo, nossos jovens e seus pais devem estar convencidos de que existe “vida inteligente” fora do sistema universitário. Historicamente, o Brasil se descuidou da educação técnica e profissional, ao tempo em que supervalorizou o diploma universitário. Neste particular, o corporativo internacional ilustra nosso raciocínio: no Brasil, atualmente, são seis estudantes universitários para um de curso técnico. Ou seja, seis milhões na educação superior e apenas pouco mais de um milhão em cursos técnico-profissionais. Em países desenvolvidos, a relação é inversa. Cerca de oito no nível técnico-profissional para cada um universitário. Essa ordem de grandeza dá uma idéia do nosso imenso desafio no “Maranhão Profissional”.

Desse modo, a decisão do Sistema FIEMA em fortalecer esta Parceria Público-Privada, onde o Sistema S, em especial o SENAI, tem papel de imperiosa relevância. Não é demais relembrar que há cerca de dez anos, o Maranhão liderou a inovadora iniciativa dos CETECMAs, procurando, exatamente, corrigir estas desigualdades entre a educação técnica básica e a saída, quase única, representada pelo sistema universitário. Por razões que não cabe aqui analisar, os CETECMAs foram quase transformados em pólos de educação universitária, perdendo-se, assim, uma chance de resolver o gargalo de pessoal qualificado que perdura até hoje, problema que o “Maranhão Profissional” irá solucionar; desde que cumpra seu direcionamento estratégico precípuo de programa de formação técnico-profissional.

Este programa, desenvolvido de forma conjunta com a participação das indústrias, se alinha com a visão empreendedora da presidenta Dilma Rousseff de valorizar esta modalidade de formação, ao lançar em 27 de abril passado, o ambicioso PRONATEC. Em oportunidade ímpar, o Maranhão se tornou o primeiro estado a dar uma resposta concreta a esses anseios. Na pessoa do Secretário do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauricio Macedo, que coordenou este processo, cumprimentamos todos os parceiros que constituem o “Maranhão Profissional”.

Por último, vale ressaltar, que a FIEMA em seu PDI 2020 (Plano de Desenvolvimento Industrial), estabelece a educação técnica profissional como um dos eixos estratégicos, sintonizado com a Política de Desenvolvimento Industrial e Competitividade do Governo Federal. Mais uma comprovação de que para obtenção de resultados concretos à altura dos problemas nacionais, regionais e estaduais, somente a Parceria Público-Privada é capaz de mobilizar toda a sociedade maranhense, para, conjuntamente, solucionar o desafio dos recursos humanos qualificados. Estejamos, todos nós cidadãos e cidadãs maranhenses, conscientes e preparados para sermos cobrados pelas gerações futuras se não atingirmos os compromissos e metas pactuados no “Maranhão Profissional”. (Fonte: Jornal A Tarde)         

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