A usina termoelétrica MPX Itaqui começa a produzir energia ainda este ano

03-06-2011 10:51

 

A usina termoelétrica que a MPX está construindo no Maranhão já tem data para começar a funcionar. O presidente da empresa, Édio Rodenheber, disse que a unidade deverá começar a gear energia para o mercado em o fim da segunda quinzena de novembro, cerca de 45 dias antes do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia (Aneel).


“O nosso prazo é 1° de janeiro de 2012, mas vamos começar a operação comercial até 15 de novembro. Hoje já temos o transformador principal energizado”, disse Rodenheber.


Isso quer dizer que a planta industrial, que representa um investimento de R$ 1,8 bilhão, está em fase de pré operação e teses dos sistemas elétricos. Hoje a subestação de onde a energia gerada pela suína MPX Itaqui será distribuída já está interligada à subestação São Luís II, da Eletronorte.


“Por enquanto somos consumidores de energia elétrica. Estaremos assim até que se termine a caldeira e os geradores estiverem em funcionamento”, observou o presidente da MPX Itaqui.


Depois que a empresa começara produzir comercialmente, o sistema da usina passará a gerar até 360 megawatts, o que é suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes.

 

Empregos


A obra da usina termoelétrica do Itaqui está na fase de montagem da caldeira e dos geradores elétricos. Os trabalhos empregam cerca de 3400 operários – cerca de 71% da mão de obra é maranhense – e na fase de operação 100 trabalhadores vão operar os equipamentos de geração de energia elétrica.


A empresa também já concluiu a preparação da sua área de estocagem. A manta de lona e o piso do pátio de estocagem de carvão mineral já foram concluídos. Além disso, a correia de transporte de insumos - que tem cerca de 15 quilômetros e interliga o porto do Itaqui à usina - foi terminada este mês.


O primeiro carregamento de 17 mil toneladas de carvão também já chegou e foi usado para fazer a base do pátio de estocagem. “Este material nunca será queimado por que é baixa qualidade”, disse Rodenheber.


O próximo carregamento de insumos, este sim de carvão para ser queimado na caldeira, chega ao porto do Itaqui em julho.

Capitalização de R$ 1,3 bilhões


A MPX obteve nessa semana a aprovação dos sócios da empresa –BNDESPAR, Gávea Investimentos e do controlador Eike Batista – autorização para uma capitalização de até R$ 1,3 bilhão. A operação será executada por meio de emissão de debêntures conversíveis em ações ordinárias da MPX, que poderão ser convertidas em até três anos por um preço de exercício de R$ 43 por ação.

Esta semana, o valor da ação da MPX encerrou o pregão cotada em R$ 41,75. O BNDES, por meio da BNDESPAR, investirá R$ 600 milhões. O Gávea Investimentos, por meio de um de seus fundos, e o acionista controlador da MPX, Eike Batista, participarão, cada um, com R$ 200 milhões.

Os minoritários da MPX terão os direitos dos três investidores para aderir à operação, somando aproximadamente R$ 369 milhões à capitalização.

A MPX fará uma emissão privada de 21,7 milhões de debêntures conversíveis em ações ordinárias com valor nominal unitário de R$ 63. A remuneração do papel será de IPCA mais um percentual de 4% ao ano (spread). Após conclusão da operação, a BNDESPAR e o Gávea Investimentos poderão, cada um, indicar um membro para o Conselho de Administração da MPX.


Para Eike Batista, Presidente do Conselho de Administração e acionista controlador da MPX, “a aprovação do BNDES, após um longo e detalhado período de análise do negócio pelo banco, indica que fomos capazes de engenheirar uma maneira formidável de capitalizar a MPX num momento único de sua história”.
Já o fundador e principal executivo da administradora de recursos Gávea, Armínio Fraga, afirmou que está extremamente satisfeito em se juntar ao BNDES nessa operação que traz fundamentos sólidos sob os pontos de vista financeiro, econômico e de mercado. “A MPX, companhia comprometida com os mais altos padrões de governança corporativa e com forte expectativa de geração de caixa ainda nesse ano terá assegurada, com a presente capitalização, a continuidade dos seus promissores planos de expansão”, comentou Armínio Fraga.

 

Discussão


A administração da Companhia irá convocar nos próximos dias a Assembléia Geral Extraordinária para deliberar sobre todos os termos e condições da operação. Os recursos da capitalização serão utilizados no desenvolvimento de projetos-chave da MPX, como a exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba, empreendimentos de geração de energia a gás natural, carvão mineral e solar que totalizam 11 GW de capacidade instalada e o sistema integrado de mineração na Colômbia.


Nos últimos três anos, a MPX já investiu mais de R$ 4,3 bilhões na construção de três usinas a carvão mineral no Ceará e no Maranhão que totalizam 1440 MW de capacidade instalada. Os empreendimentos geraram 10 mil empregos diretos no auge das obras, que serão concluídas até 2012. Já na Bacia do Parnaíba, onde a MPX e a OGX são parceiras em sete blocos terrestres, cerca de 1000 pessoas trabalham para a OGX Maranhão na exploração e sísmica. Com o início da construção das térmicas a gás natural, mais 1000 empregos serão gerados, priorizando mão de obra local. Para garantir isso, a MPX iniciou em maio um programa de qualificação para beneficiar 500 pessoas. (Fonte: O Imparcial)

 

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