Editorial: A soja e a via portuária

19-07-2011 09:42

 

A Vale divulgou ter realizado um embarque recorde de soja em junho deste ano, com 96 mil toneladas (t) em um único navio. No acumulado do primeiro semestre, foram 939.750 contra 761.660 embarcadas no último ano, um amento de 28%. Nesse contexto, as perspectivas de movimentação da oleaginosa no setor portuário do Maranhão, que inclui o Porto do Itaqui, são promissoras, mas a logística de transportes não deve ser esquecida.

Por ano, as exportações do grão chegam a 2,5 milhões de toneladas, que chegam aos portos maranhenses pela Ferrovia Norte-Sul. Somente no Maranhão, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetam uma safra recorde de soja para 2011. Até maio, estima-se ter sido colhido pelo menos 1,6 milhão de toneladas. Além disso, o incremento na área de plantio da soja no Maranhão é estimado em 152 mil hectares, equivalente a 29,3% a mais em comparação com safra 2010/11.

Em relação à logística, o Porto do Itaqui tem em andamento o projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), cujo processo de licitação deve ter início em breve. Além do Itaqui, a Vale já divulgou incrementos no setor, com projetos de ampliação da sua área de estocagem (silos) e também da malha ferroviária do Terminal Portuário Ponta da Madeira, além da duplicação da Ferrovia Norte-Sul, num trecho de mais de 900 quilômetros.

Conectando a região Centro-Oeste do país com o Maranhão, a Ferrovia Norte-Sul transporta parte da produção agrícola de estados como Tocantins e Mato Grosso. Em decorrência disso, cresce mensalmente o número de navios cargueiros de grande porte que atracam no porto maranhense.

Ainda em relação ao Tegram, está prevista a construção de quatro lotes de armazenagem, que serão operados pela iniciativa privada (arrendatários), bem como um sistema de recepção ferroviária e um de expedição. A área total será de 119.324 m² para os lotes de armazenagem e de 41.982 m² para os sistemas de recepção ferroviária e de expedição.

A implantação do Tegram será feita em duas fases. Na primeira, a expectativa é de que sejam movimentadas cinco milhões de toneladas por ano. A segunda etapa deverá ser implantada no sétimo ano do arrendamento. A meta é que até 2024 o terminal movimente 10 milhões de toneladas/ano. A soja será o principal item das operações. Os investimentos totais para a primeira fase de implantação serão de R$ 245,9 milhões. Na segunda etapa, esse valor será de R$ 76,5 milhões.

Como se torna perceptível, a demanda de investimentos em logística é grande, uma vez que o setor portuário do Maranhão se prepara para atender uma movimentação de carga de grãos de soja da ordem de 15 milhões de toneladas por ano, considerando os projetos em andamento no Itaqui e em Ponta da Madeira. Isso é uma resposta positiva do Maranhão ao setor produtivo do país. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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