176 milhões investidos

07-02-2012 09:44

O grupo holandês AkzoNobel investirá na produção de insumos para celulose, a fim de suprir nova fábrica da Suzano no Maranhão.

A nova fábrica da Suzano no Maranhão terá reforço com a construção de uma usina de fabricação de insumos para celulose, pelo grupo holandês AkzoNobel, que investirá cerca de R$ 176 milhões nas obras da nova "ilha química", baseada em um processo de sustentabilidade, que já ganhou espaço no Brasil e é utilizado há seis anos. A usina será operada pela Eka Chemicals, unidade de negócios de Papel e Celulose da AkzoNobel no Brasil.

O investimento envolve o fornecimento, armazenamento e manipulação de todos os produtos químicos necessários para a nova fábrica da Suzano, que está sendo construída em Imperatriz (MA) e terá capacidade para a produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. A usina deverá entrar em operação no último trimestre de 2013.

“Estamos muito orgulhosos em fazer parte deste imenso projeto, que irá valorizar ainda mais o conceito de “ilha química” que fornecemos aos nossos clientes”, salienta o gerente geral de Papel e Celulose, Ruud Joosten. “A demanda futura de papel e celulose na América Latina e China deve aumentar substancialmente na próxima década, e esses investimentos asseguram nossa participação neste crescimento”, informa Joosten.

Ernesto Pousada, CEO da Suzano Papel e Celulose, considera que este acordo de cooperação entre as duas empresas, que possui duração de 15 anos, é salutar, tendo em vista que os produtos a serem fornecidos a fábrica de celulose possuem um conceito sustentável.

“A Eka Chemicalz é um parceiro confiável e de longa data da Suzano. Por meio deste acordo, estamos garantindo que nossa planta irá utilizar os produtos químicos mais recentes e sustentáveis disponíveis no mercado, algo que é fundamental para nós”, afirma ele.

A AkzoNobel deverá gerar aproximadamente 55 empregos e 220 indiretos. “O Estado certamente se beneficiará com a geração de empregos, que são em posições de maior qualificação”, informou a assessoria da indústria. Como conseqüência haverá também um maior desenvolvimento para as comunidades locais”, concluiu.

Funcionando com sucesso

A nova industria da usina de insumos irá expandir a atividade de papel e celulose da AkzoNobel no Brasil. O conceito de “ilha química” já funciona com sucesso em outras unidades de produção em plantas de diversos clientes. A Eka opera fábricas de produtos químicos de branqueamento e de papel em Eunápolis (BA), Jacareí (SP), Rio de Janeiro (RJ), Três Lagoas (MS) e Jundiaí (SP).

Atualmente, a AkzoNobel emprega mais de 2.700 pessoas no Brasil e sua receita em 2010 totalizou cerca de 850 milhões, a maior parte gerada a partir da demanda local. A expectativa da empresa é alcançar receita de 1,5 bilhão no Brasil até 2015. A usina no Maranhão é o segundo maior investimento anunciado pela AkzoNobel nos últimos 12 meses e amplia ainda mais o conceito de “ilha química” sustentável, que a Eka Chemicls vem desenvolvendo para seus clientes.

Destaque no Dow Jones

A AkzoNobel é a maior companhia global de tintas e revestimentos e uma das principais fabricantes de especialidades químicas. A empresa fornece produtos inovadores para indústrias e consumidores no mundo inteiro e trabalha com paixão no desenvolvimento de soluções sustentáveis para seus clientes. O portfólio inclui marcas como Coral, Eka, Wanda, Dulux, Sikkens e International. Com sede em Amsterdá, na Holanda, é classificada como uma das companhias do Global Fortune 500 e ocupa posição de destaque no Índice de Sustentabilidade da DOw Jones. Com operações em mais de 80 países, seus 55 mil colaboradores no mundo inteiro estão comprometidos com a excelência e com o cumprimento da filosofia “as respostas do amanhã hoje” (Tomorrow Answers Today).

As atividades da empresa no Brasil estão divididas em suas três principais áreas de negócios mundiais: Decorative Paints, Perfomance Coatings e Specialty Chemicls).

Esperança na indústria

Apesar de a produção ter crescido só 0,3% na ano passado, ficando praticamente estagnada, a indústria aposta que a queda na taxa de juros e as medidas de estímulo econômico adotadas pelo governo no fim do ano passado vão dar fôlego à expansão do setor neste ano, avaliou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os principais indicadores levantados pela entidade registraram expansão. “Podemos esperar um ano ligeiramente melhor do que 2011. Alguns segmentos foram beneficiados por políticas de desoneração tributária, há uma tributação diferenciada para o setor automobilístico, que vai diminuir as importações, e o Plano Brasil Maior começa a ter efeito no início do ano”, afirmou o gerente- executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Em dezembro, os indicadores mostraram o aumento da ociosidade da indústria em metades dos 19 setores pesquisados, especialmente em couros e calçados (3,9 pontos percentuais), têxteis (2,5 pontos) e papel e celulose (2,2 pontos).

O que significa esse conceito de “ilha química” sustentável?

O conceito de ilha química consiste de termos em um único local dentro da fábrica de celulose todos os químicos que serão utilizados na fabricação de celulose, sejam eles produzidos no local ou armazenados e distribuídos deste local.

Logo a Eka produzirá ou manuseará todos os químicos necessários a produção de celulose na Suzano em Imperatriz (MA). O conceito é sustentável, pois permite uma redução de transporte de produtos químicos, assim como a utilização das sinergias entre a fábrica de químicos, minimizando assim a utilização dos recursos (água, energia elétrica, equipamentos etc...). (Fonte: O Imparcial)

 

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