34 mil operários aderem à greve no Porto de Suape

25-03-2011 11:34

 

RECIFE - Pelo menos 34 mil operários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da Petroquímica Suape (PQS) paralisaram as atividades, esta semana, nas obras dos dois maiores empreendimentos em construção em Pernambuco, com investimento superior a US$ 15 bilhões. É a maior greve nas três décadas de implantação do Complexo de Suape.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Pernambuco, está incumbido de julgar a legalidade da greve e, até o fim da tarde de ontem, não havia divulgação sobre o mérito da questão, de acordo com o Jornal do Commercio. De antemão, o comando de greve dos operários avisou que a greve continuará, mesmo à revelia de alguma decisão judicial, segundo Wilmar Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Construção Pesada, durante discurso na assembléia de quarta-feira.

Hoje, serão realizadas novas assembléias nos canteiros de obras para informar a decisão judicial e decidir se as atividades serão retomadas. "As empresas apostaram numa queda de braço, pagaram pra ver e estão tendo a resposta dos trabalhadores, com 100% de paralisação nas obras da Rnest e da Petroquímica", disse Santos. A estratégia durante o dia de ontem foi tentar suspender o julgamento da greve no TRT e trazer as empresas de volta à mesa de negociação para resolver o impasse em dois itens da pauta de reivindicação, que emperraram o processo .

"Julgar a greve não vai resolver. As empresas precisam voltar a negociar e modificar esse diálogo com os trabalhadores. A intransigência leva ao que aconteceu na hidrelétrica de Jirau, no Norte do país", alertou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (o Juruna).

Negociação - Apesar de ter participado de uma reunião informal no fim da tarde de quarta-feira no Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE), a advogada do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada em Pernambuco (Sinicon-PE), Margareth Rubem, informou que, devido a um "estrangulamento nas negociações", a posição das empresas continua sendo de questionar a legalidade da greve no Conest e de outras empresas instaladas na Rnest.

 

(Fonte: O Estado do Maranhão, Ed. 17.755, Portos - pág. 10)                           

 

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