600 devem trabalhar na refinaria até dezembro

21-11-2010 10:19

 

Serão 2 mil pessoas empregadas no pico dos serviços de terraplenagem, drenagem e acesso ao empreendimento que deverão ser concluídos em 18 meses; são mais de 50 funções, entre elas eletricista, operador de máquinas, mestre de obras e topógrafo

Até o fim de dezembro, deve chegar a 600 o número de trabalhadores no canteiro de obras da Refinaria Premium I, em Bacabeira. Hoje, em torno de 350 homens estão no local contratados para os serviços de terraplenagem, drenagem e acesso à área do empreendimento. A obra está sendo executada pelo consórcio GSF - formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng e Fidens.

Segundo o gerente do consórcio GSF, Ozanan Pessoa, no pico da obra, que engloba a primeira fase da instalação da refinaria, deverão ser gerados 2 mil empregos para executar serviços diversos em 57 funções, tais como eletricista, operador de máquinas, mestre de obras, encarregado de laboratório e topógrafo.

Os serviços de terraplenagem, drenagem e de acesso à refinaria deverão ser concluídos em 18 meses. Essa obra prepara o terreno para receber as unidades de processamento principais, auxiliares e de utilidades do empreendimento, considerado o maior projeto de refino da América Latina.

Ozanan Pessoa disse que o prazo longo de 18 meses para a conclusão da obra deve-se às condições naturais do Maranhão, que tem um longo período chuvoso. Desse modo, os serviços de terraplenagem serão realizados em etapa, com maior intensidade no período de seca, como agora.

Para não desmobilizar completamente o canteiro durante o inverno, o consórcio já programou obras que poderão ser executadas sem maiores prejuízos, que poderão ser ocasionados pela chuva, como a construção de pontes.

O gerente de Implantação da Refinaria Premium I, Kleber Aragão, afirmou que as obras de terraplenagem, drenagem e acesso, orçadas em R$ 711 milhões, estão bem avançadas, dentro do cronograma previsto. Outros contratos menores serão realizados, como os de acompanhamento topográfico, de vigilância, de arqueologia e de construção de um escritório da Petrobras na área.

A previsão é que licitação para aquisição de equipamentos para montagem das unidades industriais seja realizada em 2011. A fase de instalação do empreendimento criará oportunidades de emprego nas áreas de montagem, caldeiraria, elétrica, entre outras.

A refinaria começará a operar em sua primeira fase em 2014, com a produção inicial de 300 mil barris/dia de petróleo. Numa segunda fase, prevista para o fim de 2016, a planta elevará sua capacidade de produção para 600 mil barris por dia.

Empreendimento dará oportunidade para as empresas maranhenses

Consórcio GSF estima demandas de R$ 450 mi para adquirir serviços e bens de fornecedores

As oportunidades criadas pela Refinaria Premium I, da Petrobras, em Bacabeira, vão além das vagas de trabalho. O empreendimento, que requer investimentos de R$ 40 bilhões, também mobilizará grandes negócios em torno de si, com perspectiva de beneficiar as empresas locais fornecedoras e de bens e serviços.

Somente nesta fase de obras de terraplenagem, drenagem e acesso à área, o consórcio formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng e Fidens deverá demandar R$ 450 milhões em aquisição de insumos, que poderão ser ofertados por empresas maranhenses.

Nesse leque de oportunidades, as micro e pequenas empresas locais também poderão se inserir, com perspectivas de passar a integrar o mercado fornecedor do consórcio nos 47 tipos de serviços e produtos que aparecem como objetos de negociação: fornecimento de alimentação, madeiras, combustível, materiais de construção, equipamentos e materiais de informática; serviços de malote, vigilância e segurança patrimonial e telefonia, entre outros.

Na I Rodada de Negócios da Refinaria Premium I, realizada dias 10, 11 e 12 deste mês, numa promoção da Petrobras e do Sebrae, 587 micro e pequenas empresas locais de segmentos diversos se inscreveram, das quais cerca de 360 participaram dos encontros com representantes do consórcio, que resultou no valor de R$ 1.255.359,77 negociado.

No encontro, o gerente geral da Refinaria Premium I, Fernando Martinez, alertou as empresas locais para que se preparem, se mobilizem o quanto antes. “Essa é uma fase [início da instalação] de grandes oportunidades e o empresariado local tem que se mobilizar”, disse.

Ao todo, são cerca de 50 tipos de serviços e produtos que aparecem como objetos de negociação: fornecimento de alimentação, madeiras, combustível, materiais de construção, equipamentos e materiais de informática; serviços de malote, vigilância e segurança patrimonial e telefonia, entre outros.

Saiba mais

- Quando a Refinaria Premium I, da Petrobras, iniciar suas operações em 2014, o Terminal Portuário Mearim, que está sendo construído pelo grupo Aurizônia Empreendimentos em Bacabeira, será utilizado para o recebimento de petróleo com destino à unidade de refino como também para a exportação de derivados (QAV, nafta petroquímica, GLP, bunker e coque).

- Em uma segunda etapa, essa logística será realizada pela própria Petrobras, que pretende instalar um terminal com pelo menos sete berços nas proximidades do Porto do Itaqui. No projeto da refinaria está prevista a construção de uma rede de dutos subterrâneos com 90 metros de largura e 55 km de extensão, fazendo a ligação entre a refinaria, em Bacabeira, e o terminal de tancagem em São Luís, onde serão construídos grandes tanques para armazenamento do petróleo bruto e seus derivados. (Ed. 17.631; Primeiro Caderno; Economia – pág. 01)

Contacto

Clipping

Av. Prof. Carlos Cunha, S/N, Edifício Nagib Haickel - Calhau.

(98) 3235-8621