Adiada a retirada de combustível do Vale Beijing

20-12-2011 09:19

Operação não tem nova data marcada para ser realizada; intenção do Ibama é de que a STX promova uma simulação na quinta-feira.

A operação de retirada de óleo do navio Vale Beijing foi novamente adiada. A decisão ocorreu após reunião realizada ontem entre representantes da empresa STX Pan Ocean, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Capitania dos Portos. A nova data, porém, ainda não foi definida pelos órgãos envolvidos.

Na semana passada, a empresa holandesa Smit, contratada pela STX, proprietária (armadora) do navio, apresentou à Capitania dos Portos do Maranhão o Plano de Salvatagem da embarcação, que deveria ter sido posto em prática ontem, com a chegada da balsa e a retirada de parte do óleo do graneleiro. Também estava previsto para o último fim de semana o recebimento de um equipamento submarino de scanner capaz de visualizar sob a água a avaria no graneleiro, o que era considerado como determinante para a decisão sobre o tipo de reparo a ser realizado no casco do navio.

De acordo com o analista ambiental do Ibama, Antônio Campos, a empresa apresentou ontem aos órgãos fiscalizadores, a justificativa para o atraso na operação. "Eles alegam que há pendências de equipamentos. Há um, por exemplo, que está vindo dos Estados Unidos. Por isso a postergação das datas", disse.

Ele informou que a intenção do Ibama é de que a STX providencia uma simulação da operação na quinta-feira, para avaliação do órgão. "Somente após a simulação é que o Ibama autorizará ou não a retirada de óleo, tendo em vista as garantias de que há segurança para a manobra", explicou. A preocupação do órgão é de um possível vazamento de óleo no mar.

A Smit fará a retirada de 2.500 toneladas de óleo combustível do Vale Beijing, com a utilização de uma balsa especializada para a ação. A operação, considerada complexa, será realizada em etapas. Após estabilizar o navio por meio de rebocadores e com o lançamento constante de água de lastro no mar, a balsa será ancorada ao lado do graneleiro.

Com a garantia de segurança na operação, técnicos da Smit iniciarão o procedimento de retirada de parte do combustível (ao todo o navio carrega 7 mil toneladas do produto), com bombas de sucção. O óleo será removido por meio de tubos para a balsa, que dispõe de tanques apropriados para receber o combustível. O Ibama acompanhará o processo.

Guindaste - Esta semana, segundo uma nota da Capitania dos Portos divulgada na última sexta-feira, deverá chegar a São Luís um guindaste que será utilizado no remanejamento de 25 mil toneladas de minério de ferro do porão 7 do navio, para os porões 3 e 5. Isso deve ocorrer para que posteriormente seja possível fazer os reparos nas rachaduras da embarcação, situadas justamente na direção do porão 7. Com o remanejamento, serão reduzidas as chances de o minério de ferro ser derramado no mar.

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Há 15 dias a sul-coreana STX Pan Ocean levantou a possibilidade de fazer a remoção do navio para o Porto de Fortaleza, mas a situação adversa (rachaduras no lastro) fizeram com que a medida fosse repensada. Não está descartado que os reparos aconteçam no local onde a embarcação está fundeada, na Baía de São Marcos, ou que ele seja removido para um estaleiro em Roterdam. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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