Africanos tentam entrar no país ilegalmente pelo Porto do Itaqui

29-02-2012 08:59

Três africanos, possivelmente de Serra Leoa, país da costa ocidental africana, foram detidos na segunda-feira, dia 27, quando tentavam entrar ilegalmente no Brasil através do Porto do Itaqui. O trabalho da Polícia Federal (PF) transcorre agora no sentido de confirmar realmente se os clandestinos são naturais do país africano e ainda preparar toda a documentação necessária para realizar o repatriamento dos três clandestinos, procedimento esse que deve durar aproximadamente um mês. Até lá, os três ficarão em um hotel de São Luís.

Os clandestinos foram descobertos ainda em alto-mar. Os três homens embarcaram clandestinamente a bordo do navio BBC Vermont, de bandeira de Antígua e Barbuda (uma ilha localizada no mar do Caribe), quando este, que vinha da China, parou para abastecer em um porto de Serra Leoa. Por essa razão, a primeira suspeita era de que essas pessoas seriam naturais desse país. No entanto, a PF apenas terá a confirmação dessa suspeita logo após a instituição ter ouvido os três africanos. Até o fim da tarde de ontem, os depoimentos ainda não haviam sido concluídos e a PF não tinha divulgado mais informações.

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui, limitou-se a informar em qual navio havia ocorrido a descoberta dos clandestinos e qual empresa havia agenciado a sua operação no porto. A Emap não divulgou imagens do cargueiro.

Aviso - Antes mesmo que o navio atracasse no berço 102 do Porto do Itaqui, a Polícia Federal já havia sido notificada pelo capitão da embarcação da presença dos viajantes irregulares. De acordo com o superintende da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Barbosa Sampaio, logo que o navio chegou ao porto, a primeira atitude tomada foi entrar em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma vez que suspeitava-se que os três africanos possuíam malária e também outras doenças contagiosas.

"Logo que o navio atracou, a Anvisa foi chamadak, pois, além disso ser um procedimento padrão, nós tínhamos a suspeita de que os clandestinos poderiam estar contaminados com a malária. No entanto essa informação não foi confirmada depois que os agentes da Anvisa realizaram os exames padrões e autorizaram o desembarque deles", disse Sampaio.

Até o fim da tarde de ontem, os nomes dos africanos ainda não tinham sido divulgados pela Polícia Federal, nem mesmo de que forma eles teriam embarcado no navio. De acordo com Sampaio, as atividades da PF consistirão agora em levantar mais informações a respeito dos viajantes irregulares. Para isso seria necessário entrar em contato com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) para, além de confirmar a identidade dos viajantes, averiguar se os documentos que apresentaram eram autênticos.

Conforme a estimativa do superintendente da PF, todo esse procedimento deve se estender por um prazo de um mês. "Nós temos ainda que identificar essas pessoas e confirmar a nacionalidade deles. Esse é um procedimento que deve ser feito através do MRE. Em média, isso dura em torno de um mês, mas varia de país para país. Até lá, esse viajantes vão ficar sob a responsabilidade da empresa que os trouxe até aqui", explicou o superintendente da PF, Cristiano Sampaio. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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