Agência japonesa projeta expansão do Porto do Itaqui
Peritos da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) iniciam, no Porto do Itaqui, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para a expansão da infra-estrutura portuária. O estudo faz parte da missão da agência japonesa de investir em grandes projetos nos países em desenvolvimento e representa a segunda fase dos trabalhos no porto maranhense, iniciados em 2009.
Na quarta-feira (23), executivos da Jica apresentaram uma análise preliminar do projeto ao presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati; ao diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Emap, Daniel Vinent; ao secretário de Estado de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, e o adjunto, David Braga Fernandes,
"Em nossa última visita ao estado, formamos o comitê gestor composto por representantes da Emap, Jica e Governo do Maranhão para acompanhamento do estudo", destacou Hiroyuki Nakazono, oficial sênior da Jica Brasil, do Departamento da América Latina e Caribe.
Estudo - Na ocasião, foi demonstrada a análise preliminar do que será realizado nos próximos meses, com base no projeto de expansão portuária - fruto da primeira fase do estudo da Jica no Maranhão - que prevê a construção de mais dois berços, o 98 e o 99, no Porto do Itaqui.
A segunda fase do estudo consiste em demonstrar a viabilidade técnica e econômica dessa expansão. Os dois novos berços devem atender à demanda dos investimentos em instalação no Maranhão, como a termelétrica MPX Itaqui, Refinaria Premium I, da Petrobras, entre outros. Além de atender à futura expansão do projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).
"A nossa expectativa em receber esse estudo e viabilizar a expansão do Porto do Itaqui é muito grande", frisou o presidente da Emap.
Segundo Júlio Akira Inoue, coordenador de Projetos da Jica Brasil, com o estudo, os dois países ganham, já que a expansão do Porto irá otimizar o escoamento da produção, inclusive, a exportação de cargas para o Japão.
"Além de cooperarmos com a desigualdade social no Estado do Maranhão, os produtos podem ficar mais baratos ao chegar ao nosso país, assim contribuímos também para a estabilidade de preços", disse Akira.
O técnico afirmou que a escolha pelo Itaqui deu-se, principalmente, pelas vantagens naturais apresentadas pelo porto, em especial, sua profundidade. O estudo da Jica deve durar oito meses.
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Pela Jica participaram da exposição na Emap os empresários Hiroyuki Nakazono, oficial sênior da Jica Brasil, do Departamento da América Latina e Caribe; Masayuki Eguchi, representante sênior da Jica Brasil e Julio Akira Inoue, coordenador de Projetos da Jica Brasil.
(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.727, Portos – pág. 12)