Agnelli sustenta posição da Vale na cobrança da CFEM

15-03-2011 14:55

 

A reunião entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e Roger Agnelli, presidente executivo da Vale, que contou também com a presença do diretor-geral do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), Miguel Néri, terminou num impasse, segundo fontes próximas da negociação. A Vale defendeu sua posição de contestar os valores da dívida de cerca de R$ 3,6 bilhões referentes a cobrança de royalties que o DNPM apresentou. Por sua vez, o órgão reforçou que esse valor é devido.

O ministro Lobão, em entrevista, minimizou os problemas entre a Vale e o DNPM a respeito da cobrança de royalties. "A Vale está pronta e disposta a cumprir todas as obrigações dela", afirmou. Segundo ele, será marcado na próxima semana um encontro entre os diretores jurídico e financeiro da companhia e representantes do DNPM. A ideia é que o grupo "chegue a uma conclusão sobre a interpretação da lei".

A expectativa do governo é que a mineradora apresente alguma solução para a dívida que lhe é cobrada. A determinação do governo, por meio do DNPM, uma autarquia do MME, é dar andamento ao processo de cobrança.

Há rumores de que Néri, diretor-geral do DNPM, estaria demissionário. No entanto, o que as fontes informaram ao Valor é que ele conta com o apoio da bancada do PT e a simpatia do Planalto para continuar no cargo. Também destacaram que ele não está demissionário, desmentindo tais boatos. A maior prova disso, segundo os interlocutores, é que ele participou da reunião com Lobão e Agnelli.

No entanto, não negam que há em curso uma disputa pela presidência da autarquia. "Mas o martelo ainda não foi batido" disseram as fontes. O nome que disputaria com Neri o comando do DNPM é o de Sérgio Dámaso, titular do DNPM de Minas e ligado há uma ala do PMDB.

 

(Fonte: VALOR ECONÕMICO, BRASIL)

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