Agroindústria maranhense receberá R$ 72 mi em investimentos até 2014

05-07-2011 15:47

 

A indústria ligada ao setor do agronegócio maranhense receberá investimentos da ordem de R$ 72 milhões até 2014. Ontem, a Pena Branca anunciou que investirá R$ 67 milhões em um complexo industrial em Vargem grande para abater e beneficiar frangos, enquanto a paulista Palate, divulgou durante a 43° Expoimp, que aplicará outros R$ 5 milhões para ampliar a sua planta de beneficiamento de leite em Imperatriz.
 
A Pena Branca, que é dona da marca Frango Americano, vai investir R$67 milhões para construir um abatedouro de frangos, no pólo agroindustrial em Vargem Grande, no segundo semestre de 2014. A planta industrial terá capacidade para produzir quatro mil toneladas de frango por mês e criará 580 empregos diretos e 1.740 empregos indiretos.

As obras já começaram, com a terraplanagem do terreno de 1.700 hectares que abrigarão o abatedouro, junto com uma fábrica de ração, uma granja própria e a granja do sistema de integração com capacidade para 2,8 milhões de frangos.

A empresa espera reduzir os custos em 15%, por não precisar mais abater os animais em outros estados, já que o novo abatedouro dará conta de toda a demanda do Maranhão.

Somente o abatedouro, único no estado, criará 300 empregos diretos e 900 empregos indiretos, de acordo com a Pena Branca.

Já as granjas destinadas à criação de frango criarão 280 empregos diretos e 800 empregos indiretos, totalizando no pólo agroindustrial de Vargem Grande, 580 empregos diretos e 1.740 empregos indiretos.

REUNIÃO

Representantes da Pena Branca, o prefeito de Vargem Grande Miguel Fernandes e o representante da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ubiratan Pinto da Silva, além de vereadores se reuniram semana passada, no município, que fica a 177 quilômetros da capital, para tratar da implantação do pólo agroindustrial.

Na reunião, decidiram-se as obrigações de cada parte no projeto, cabendo a prefeitura fazer a terraplanagem do terreno, ficar responsável pela energia e asfaltar a rodovia que liga Coroatá a Vargem Grande, enquanto a Pena Branca ficará responsável pelos insumos (aves e ração), a assistência técnica e a comercialização da produção.

Dos R$ 67 milhões que serão investidos no pólo agroindustrial, cerca de R$ 24 milhões serão financiados pelo Banco do Nordeste (BNB), sendo essa verba destinada a construção da granja do sistema de integração.

O restante da quantia, R$ 43 milhões, é capital da própria Pena Branca. O abatedouro custará R$ 30 milhões, a fábrica de ração R$ 10 milhões e uma granja própria no valor de R$ 3 milhões.

O secretario de Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, disse que o projeto é muito importante para o Maranhão por preencher uma lacuna que há no estado: a falta de abatedouros de frango – hoje, não há nenhum em funcionamento.

“A criação deste pólo industrial é muito importante, pois vai suprir uma lacuna que havia no estado, a da falta de abatedouro de frangos, agregando valor e criando milhares de empregos diretos e indiretos.”, comentou o secretario Cláudio Azevedo.

O secretario ainda citou o grande crescimento na produção de grãos, como o milho, na área de Chapadinha, que é plantado na safrinha logo após a colheita da soja e que ajudaria a diminuir o custo dos insumos na criação de aves, por se tratar da ração básica dos animais, evitando assim a importação por parte dos criadores de frango e a exportação por parte dos fazendeiros que plantam grãos.

“Havendo a produção de milho na região, insumo básico para a criação de frangos, evita-se a importação, reduzindo assim o custo da produção, o que significa preços reduzidos para o consumidor, lembrando ainda que estes grãos que eram exportados podem ser transformados na utilização de proteína animal.”, explicou Cláudio Azevedo.

Histórico
   
Em 1997, a Pena Branca adquiriu o Frango Americano, que possuía um abatedouro, no interior da ilha, mas que acabou desativado em 2002, pois, segundo a própria empresa, produzia um volume pequeno de frango, aumentando o custo da produção e diminuindo a competitividade do Frango Americano no mercado.

Vale ressaltar também que não há dados do IBGE sobre a produção de frangos e de ovos no Maranhão por não haver abatedouro no estado nem empresa com ais de 10 mil galinhas poedeiras. Hoje os produtores de frango para abate são forçados a enviar sua produção para estados vizinhos, como o Pará, que abate a maioria dos frangos maranhenses. (Com Agências).

Investimentos para beneficiar leite

Durante a 43° Exposição Agropecuária de Imperatriz (Expoimp), o empresário Simon Bueno, presidente da indústria de alimentos Palate, apresentou os planos de expansão da empresa na região tocantina. O grupo vai investir R$ 5 milhões para ampliar a produção de leite em pó e manteiga em Imperatriz.

“Estamos prevendo um investimento de R$ 5 milhões na ampliação da planta industrial de Imperatriz, aumentando nossa capacidade de produção de leite em pó e manteiga, e estudamos a viabilidade de instalarmos parte de nossa produção de achocolatados na região”, disse Bueno.

A unidade de Imperatriz emprega diretamente 100 funcionários, gerando renda indireta para mais de 300 pessoas. Somente no mês passado, a unidade fabril maranhense produziu 300 toneladas de leite em pó e 25 toneladas de manteiga. A expectativa é que nos próximos meses a produção de leite chegue às 500 toneladas, enquanto a de manteiga deve ultrapassar as 40 toneladas. “Fornecemos principalmente para o mercado interno, mas também para capitais como Manaus (AM), Belém (PA) e São Luís (MA), entre outras da Região Nordeste”, informou Bueno.

Hoje a empresa processa 120 mil litros de leite por dia, mas já no segundo semestre deste a no ampliará a necessidade para 210 mil litros de leito diários. Para estimular a cadeia produtiva do leite na região, a empresa tem investido em incentivos aos criadores locais, além de buscar parcerias institucionais. Atualmente, 250 produtores instalados em um raio de até 200 km da unidade fabril em Imperatriz são fornecedores cadastrados.

“Mantemos constantemente em contato com os produtores, técnicos para orientar e monitorar a qualidade de produção, captação e transporte do leite, sobretudo porque só trabalhamos com o produto granelizado, custeamos e implantamos tanques de resfriamento individuais e comunitários, de acordo com a capacidade de produção das propriedades, e incrementamos o valor do produto no mercado, pagando acima da média que era praticada antes de nossa chegada”, comentou o gerente industrial da unidade de laticínios da Palate em Imperatriz, José Paulino Siqueira. (Fonte: O Imparcial)

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