AL realzará audiência para tratar do impacto das siderúrgicas em Açailândia

12-05-2011 15:43

 

A Assembleia Legislativa vai realizar no dia 19 de maio, apartir da 15h, audiência pública para discutir os impactos causados pelas siderútrgicas instaladas em Açailândia. Com o tema “Impactos em saúde e meio ambiente em Açailândia - Paradigma para o questionamento do modelo de desenvolvimento proposto pela Vale ao Estado do Maranhão”, o evento será coordenador pelos deputados Bira do Pindaré (PT) e Eliziane Gama (PPS).

Durantea audiência está previsto o lançamento do relatório referente ao estudo recentemente realizado pela Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), Justiça Global e Rede Justiça nos Trilhos sobre os impactos de empreendimentos do Programa Grande Carajás em duas comunidades de Açailândia.

Nessa cidade, as comunidades de Piquiá de Baixo e Califórnia sofrem há anos as conseqüências da poluição, do degrado ambiental e social, tornando-se dessa forma um paradigma para diversos outros conflitos que a cadeia de mineração e siderurgia provocou no território do corredor de Carajás.

A pesquisa da FIDH dá visibilidade a várias violações de direitos humanos e se conclui com uma série de recomendações formais para as autoridades da União, do Estado do Maranhão e do município de Açailândia, as empresas: Vale SA e siderúrgicas da região, o BNDES.

As entidades que assessoraram a pesquisa dizem-se extremamente preocupadas pelos projetos atuais de duplicação dos trilhos ao longo de toda a Estrada de Ferro Carajás. “Além de estarmos questionando oficialmente a legitimidade dos licenciamentos ambientais desse enorme empreendimento, perguntamo-nos, em nome de várias comunidades tradicionais e locais que estamos acompanhando, quais serão os benefícios reais para as famílias e territórios e quais, ao contrário, os novos impactos necessários para garantir o dobro de escoamento e lucro para uma única grande multinacional”, afirmou Danilo Chammas, advogado da Rede Justiça nos Trilhos.

Para o padre Dário Bossi, missionário comboniano e membro da Rede de Justiça, o que está em questão é o modelo proposto pela Vale. “Vários setores da sociedade maranhense há tempo estão colocando em discussão o papel da Vale como ‘agente de desenvolvimento’ de nossa região. Falta escutar a voz das comunidades, redistribuir para elas, com mais justiça, os enormes lucros da companhia e permitir que sejam protagonistas de suas formas de organização econômicas e sociais”, declarou.  (Fonte: Assembleia Legislativa)

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