Alcoa adia por 60 dias decisão sobre os cortes na produção da Alumar

04-04-2012 08:38

Multinacional do alumínio aguarda solução definitiva para reduzir custos operacionais da unidade maranhense, principalmente com energia elétrica

Um possível corte em uma das linhas de produção do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), o que poderia significar a redução de 150 mil toneladas de alumínio, ainda não foi descartado em definitivo. Em nota, a Alcoa anunciou ontem que essa decisão foi postergada por mais 60 dias e informou que ainda não obteve uma solução definitiva para reduzir custos e tornar suas operações competitivas no país - a planta de Poços de Caldas (MG) também está ameaçada -, mas vislumbra potenciais avanços.

De acordo com a nota da Alcoa, o Governo Federal teria sinalizado com esforços para reduzir os custos de energia, principal entrave à competitividade da indústria do alumínio no Brasil, estimando prazo de 60 dias para apresentar soluções e evitar eventuais cortes de produção. "Em reconhecimento aos esforços das autoridades brasileiras na busca de respostas a este desafio e atendendo à solicitação do Governo Federal, a decisão sobre ajustes de produção de Poços de Caldas (MG) e em São Luís (MA) foi postergada por 60 dias", informou a nota.

O presidente mundial da Alcoa, Klaus Kleinfeld, tinha dado um prazo até 31 de março para que sua subsidiária na América Latina encontrasse uma solução para a redução dos custos operacionais em suas unidades no Brasil, caso contrário, os cortes seriam inevitáveis nas plantas de São Luís e Poços de Caldas.

O problema não se limita ao Brasil. A Alcoa já havia anunciado o fechamento de unidade nos Estados Unidos. E ainda o corte de 12% na produção mundial de alumínio, o equivalente a 531 mil toneladas do metal, alegando dificuldades para suportar os altos custos operacionais, associados ao declínio nos preços do alumínio no mercado internacional - em 2011, as cotações recuaram 19%.

Tucuruí - A energia que a Alcoa recebe hoje no Brasil é fornecida pela Hidrelétrica de Tucuruí, em contrato com a Eletronorte que vai até o ano de 2024 e cujo valor cobrado não seria competitivo para a multinacional. O consórcio Alumar, em associação com a BHP Billiton, demanda cerca de 500 MW de energia e tem capacidade de produção de 450 mil toneladas por ano.

Na última semana, a Alcoa assinou protocolo com o governo de Minas Gerais, que possibilitará à empresa construir uma área de depósito de resíduos de bauxita em sua unidade em Poços de Caldas. Esta importante medida permitirá à companhia manter a operação da refinaria de alumina no município.

Ao fim da nota, a Alcoa reitera seu compromisso de contribuir com as autoridades propondo soluções. "A companhia está revendo gastos com matérias-primas, serviços, alavancando ações de produtividade, cuidando do capital de giro e consolidando seus recentes investimentos", diz. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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