Anápolis se torna a capital dos genéricos
Mônica Scaramuzzo | De Anápolis e Goiânia
Anápolis, a 50 km de Goiânia, nunca mais será a mesma cidade, com um quê interiorano. A construção de novos condomínios, edifícios, universidades e até as cores renovadas das casas são sinais do aumento da renda ocorrido com a chegada de grandes indústrias farmacêuticas ao município.
Os laboratórios começaram a se instalar em Anápolis nos anos 90, mas se expandiram muito recentemente, atraídos por incentivos fiscais. Só nos últimos 12 meses, multinacionais e companhias brasileiras investiram cerca de R$ 2 bilhões na cidade, principalmente para produzir remédios genéricos. A localização geográfica estratégica, em região central cortada por duas rodovias federais, também atraiu grandes distribuidoras de medicamentos.
Anápolis é o terceiro polo farmacêutico do país e caminha para a segunda posição. Nos próximos meses, segundo previsões do setor, vai superar o Rio de Janeiro na produção de genéricos - São Paulo é o líder.
Em 2009, a cidade atraiu as atenções quando a Neo Química foi comprada pela Hypermarcas. Logo depois, a Pfizer adquiriu 40% do laboratório Teuto, também instalado na cidade. Empresas como as suíças Novartis e Roche podem investir lá em distribuição. O Aché comprou 50% da Melcon, igualmente localizada em Anápolis. Além das gigantes suíças, grandes companhias, como a EMS, a maior nacional, também analisam construir fábrica na região.
(VALOR ECONÔMICO; EMRPESAS; INDUSTRIA FARMACÊUTICA)