Aneel aprova projetos de usinas a gás natural da MPX no Maranhão

17-08-2011 09:32


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem a aquisição pela MPX, empresa de energia do grupo EBX, do empresário Eike Batista, de dois projetos de usinas termelétricas a gás natural do Grupo Bertin e que nunca saíram do papel. Foram aprovadas também alterações na localização e nas características técnicas dos empreendimentos, com capacidade total de 680 MW. Com a alteração da autorização, as usinas passarão a compor o projeto Parnaíba, no município maranhense de Santo Antônio dos Lopes, com capacidade instalada total prevista de 1.800 MW.

Os empreendimentos foram outorgados originalmente às empresas UTE MC2 Joinville S.A. e UTE MC2 João Neiva S.A. Ambas seriam instaladas no Espírito Santo utilizando como combustível o gás natural regaseificado proveniente de Gás Natural Liquefeito (GNL).

A MPX informou que investirá cerca de R$ 980 milhões na construção das usinas, gerando 1.000 empregos diretos. A implantação do empreendimento, que deverá entrar em operação até janeiro de 2013, será iniciada nas próximas semanas. As usinas detêm contratos de 15 anos de duração para 450 MW médios, garantindo uma receita fixa anual de R$ 393,5 milhões. A MPX tem 70% do complexo, enquanto a Petra Energia é sócia com 30%.

"A construção das usinas será importante para garantir a oferta de energia elétrica no país e amplia de forma significativa o parque gerador da MPX. O complexo do Parnaíba será um importante pólo de geração de energia para o Brasil, já que temos 3.722 MW já licenciados", disse em comunicado o presidente da MPX, Eduardo Karrer.

O gás natural utilizado pelas usinas será fornecido pelos blocos terrestres localizados na região, com recursos estimados em mais de 11 trilhões de pés cúbicos, dos quais a MPX possui 23% de participação. A operação será realizada pela OGX Maranhão.

Quanto aos efeitos na comercialização da energia provocados pela nova localização, que implica a mudança de submercado das usinas do Sudeste para o Nordeste, a Aneel avaliou que associada à antecipação de despacho, haverá redução do Índice de Custo Benefício (ICB) das usinas, de 146,00 R$/MWh para 140,32 R$/MWh, o que torna a alteração benéfica para o mercado consumidor.

Com a previsão de início de construção da MPX Parnaíba no curto prazo, a empresa já iniciou um programa de capacitação em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e prefeituras locais. Na semana passada, a empresa concluiu a qualificação de 198 pessoas e a meta é chegar a 500, para aumentar possibilidade de contratação de mão de obra local nas obras do complexo de energia. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

 

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