Antaq solicita parcerias com o setor privado
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, defende uma participação ainda maior da iniciativa privada no setor portuário do Brasil, a fim de agilizar obras e modernizar sua gestão. Em Xangai, na China, ele explicou que esta é a principal forma de os portos brasileiros eliminarem mais rapidamente os obstáculos a seu desenvolvimento, seguindo assim o exemplo dos complexos marítimos chineses, modelos de modernidade e eficiência no setor.
Fialho falou para A Tribuna sobre essa proposta logo após participar do seminário Brasil-China: Cooperação Portuária e Integração Logística, realizado no
Four Seasons Hotel, em Xangai. O evento foi coordenado pelo Governo Federal e integrou a agenda da missão comercial que o país está realizando na Ásia. “A fim de que os portos sejam mais céleres no seu desenvolvimento, podemos contar principalmente com a iniciativa privada. Eles devem ter a consciência de que não estão no mercado apenas para aguardar a solução dos problemas. Eles são parte da solução", disse Fialho.
Ele argumenta que não cabe ao empresariado apenas "ficar esperando para disputar um terminal pronto em uma licitação e explorá-lo", mas participar dos investimentos necessários à infraestrutura portuária, como a própria construção dos terminais. "Com a Lei 8.630 [de Modernização dos Portos], nós podemos ter a iniciativa privada realizando verdadeiras PPPs [parcerias público-privadas] nos portos, fazendo obras e solucionando problemas de forma bem mais rápida", finalizou.
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Durante o seminário Brasil-China, que teve a participação de empresas e autoridades chinesas, realizada na semana passada, o representante da Antaq apresentou o sistema portuário nacional e suas oportunidades de negócios, como a demanda por serviços offshore para o atendimento das plataformas de petróleo do pré-sal. O evento também contou com apresentações de diplomatas do Consulado do Brasil em Xangai, técnicos da Secretaria de Portos e dirigentes de companhias docas. (Fonte: O Estado do Maranhão)