Audiência pública vai cobrar transparência sobre as ações da Vale
Solicitação de audiência está pautada a partir de várias denúncias publicadas na imprensa ao longo dos últimos meses.
Dutra considera importante a apuração das diversas denúncias sobre as falências de empresas e desemprego em massa.
Exigir transparência sobre as ações da Vale e promover o debate em torno dos impactos socioeconômicos da mineradora, especialmente nos estados do Pará e Maranhão, é o objetivo da audiência pública que será realizada no próximo dia 16, às 9h da manhã, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A reunião foi solicitada em conjunto pelos deputados Domingos Dutra (PT/MA), Luiz Alberto (PT/BA) e Waldir Maranhão (PP/MA) e Carlos Brandão (PSDB), como representantes das comissões de Direitos Humanos e Minorias, Minas e Energia e Legislação Participativa.
O deputado Domingos Dutra encara a audiência como uma oportunidade de esclarecimento e ajuste. “É preciso destrinchar o papel da Vale no processo de desenvolvimento nos estados e municípios onde atua, bem como a oportunidade para se estabelecer novos padrões de relacionamento nessas localidades de onde extrai fabulosos lucros”.
Para a audiência pública, são aguardados representantes da Vale, sindicatos das empresas prestadoras de serviço à Vale; sindicato dos ferroviários, Ministério Público do Trabalho e Associações Comerciais do Estado, além de parlamentares.
Atuação sobre suspeita
A solicitação da audiência está pautada a partir de várias denúncias publicadas na imprensa ao longo dos últimos meses.
Somente no Estado do Maranhão, a Vale é acusada de sufocar grandes empresas com tradição no Estado como a WO, Covasp e Logus.
A empresa também é acusada pela extinção, sem justificativa, de cerca de três mil empregos no Maranhão e Pará, além do não pagamento de cerca de R$ 4 bilhões em royalties pela produção de minério no Pará e mineração em Minas Gerais.
A mineradora é criticada por afastar-se dos compromissos sociais históricos e um processo desencadeado desde a sua privatização, em 1997, quando foi vendida por R$ 3,3 bilhões, um valor três vezes abaixo dos R$ 10 bilhões, sobre o qual foi avaliada. (Fonte: O Estado do Maranhão)