Balança comercial inicia o ano deficitária no Maranhão

16-02-2012 08:53

Saldo entre exportações e importações foi negativo em US$ 352,1 mi em janeiro

A balança comercial do Maranhão iniciou o ano com déficit. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo entre exportações e importações em janeiro foi negativo em

US$ 352,1 milhões. No mesmo período de 2011, o saldo foi superavitário em US$ 14,5 milhões.

Além do Maranhão, em janeiro apresentaram déficit na balança comercial os estados de São Paulo (US$ 2,668 bilhões), Amazonas (US$ 955,833 milhões), Paraná (US$ 645,676 milhões) e Santa Catarina (US$ 623,831 milhões).

Em janeiro deste ano, as exportações maranhenses somaram US$ 170,4 milhões. O valor é 2,86% inferior ao registrado em igual período de 2011, quando o estado vendeu US$ 175,4 milhões em produtos para o mercado internacional.

A alumina calcinada foi o produto que puxou as exportações maranhenses em janeiro, totalizando US$ 76,7 milhões em vendas. O minério de ferro, outro item importante da pauta exportadora do estado, somou US$ 40,9 milhões, enquanto as vendas do alumínio bruto não ultrapassaram US$ 756,1 mil. Destaque para o ouro, cuja exportação chegou a US$ 4,4 milhões.

Importações - No sentido inverso, o Maranhão importou US$ 522,5 milhões em janeiro, sendo derivados de petróleo responsável por grande parte dessa movimentação de cargas. Somente em óleo diesel, se importou US$ 170,4 milhões, exatamente o valor total das exportações maranhenses no período.

Fazendo um comparativo dos dados divulgados pelo MDIC, o valor das importações maranhenses no início deste ano foi US$ 361,7 milhões maior do que igual período de 2010, quando o estado importou US$ 160,8 milhões.

Análises - Para o coordenador do Centro Internacional e Negócios da Fiema, Cassiano Pereira, em uma rápida olhada no resultado da balança comercial maranhense, pode-se até chegar à conclusão de que as coisas não vão muito bem, porque a balança está negativa.

"Porém, ao analisarmos esses números vemos que as importações feitas pelo Maranhão são, em sua esmagadora maioria, de insumos para vários setores econômicos, como combustíveis, fertilizantes e produtos para indústria farmacêutica. Importamos produtos usados para gerar riqueza ou permitir a movimentação de mercadorias e serviços dentro do estado. Ou seja, não é tão ruim quanto parece", analisou.

Já para o superintendente da Fiema, Marco Moura, nunca se negociou tanto no comércio exterior quanto agora. "A corrente de comércio exterior de janeiro é equivalente a todas as negociações feitas no mercado internacional no 1° bimestre de 2011. Isso é bom para o fortalecimento de uma cultura empresarial local voltada para o mercado global, que é muito competitivo. No longo prazo, a intensificação do comércio exterior no maranhão acabará tendo reflexos no mercado interno, principalmente na cultura empresarial do maranhense", avaliou.

Regiões - No levantamento por regiões, as exportações do Nordeste foram as que mais cresceram no comparativo entre o mês janeiro de 2012 e o de 2011, com expansão de 19,49%. As vendas nordestinas ao exterior passaram de US$ 1,231 bilhão, em janeiro de 2011, para US$ 1,472 bilhão, neste ano. Os embarques da região corresponderam a 8,10% do total mensal exportado pelo país (US$ 16,141 bilhões).

Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou (US$ 9,097 bilhões) com alta de 2,3% sobre as vendas de 2011 e com participação de 58,45% sobre o total vendido pelo país em janeiro deste ano. As vendas externas da Região Sul tiveram aumento de 17,61%, fechando o mês em US$ 2,957 bilhões. Os embarques desta região representaram 16,53% das exportações brasileiras.

Considerando o mesmo o período comparativo, o Centro-Oeste registrou aumento de 14,27% nas exportações realizadas em janeiro de 2012 (US$ 1,256 bilhão), com participação de 7,22%. A Região Norte foi a única que teve queda nas vendas ao mercado externo, com retração de 12,71%. O Norte exportou US$ 1,136 bilhão, o que representou 8,56% do total vendido no mês. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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