Banco Central projeta queda no crescimento econômico

25-10-2011 11:48

Expectativa para este ano revelada no Boletim Focus caiu de 3,42% para 3,3%, e para 2012 passou de 3,6% para 3,51%

Brasília - A projeção dos economistas ouvidos na pesquisa semanal Focus, realizada pelo Banco Central (BC), é de que o crescimento econômico continuará a desabar. Para este ano, caiu de 3,42% para 3,3%, e para o ano que vem passou de 3,6% para 3,51%. Em outubro, o índice do BC que antecipa o crescimento do país já mostrava queda de 0,53%. E o cenário internacional aumenta essa retração daqui para a frente.

“A redução das perspectivas de crescimento global, o aumento da incerteza e a piora das condições financeiras internacionais começaram a impactar negativamente o crescimento do Brasil. Estimamos que o efeito das mudanças já ocorridas no cenário internacional são relevantes para a economia doméstica, diminuindo o crescimento no fim dos terceiro e quarto trimestres”, diz o comunicado do Itaú, divulgado ontem.

A instituição prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para este ano e de 3,7% para 2012, mas “entendemos que os dados recentes elevaram as chances de taxas menores de crescimento para os dois anos”. Em especial pela desaceleração da indústria e do comércio varejista. Segundo a pesquisa do BC, a produção industrial se expandirá apenas 2% neste ano.

Essa estimativa despenca há dois meses seguidos e, mesmo assim, é considerada otimista pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). “Vai ter de melhorar muito para crescer 2%”, diz Júlio de Almeida, do Iedi.

O Natal pode ajudar e reaquecer a produção, freada pela alta dos juros e pela crise internacional. A projeção de crescimento da indústria em 2012 cai há duas semanas e está em 3,9%.

Inflação - Em um cenário no qual as previsões de crescimento minguam a cada semana, os analistas do mercado financeiro agora apostam que a inflação ficará dentro do limite da meta deste ano, de 6,50%. Desde 23 de setembro, o mercado previa inflação acima do teto estipulado pelo governo. A aposta anterior para o IPCA, usado oficialmente no sistema de metas, era de 6,52%, estourando o teto.

Um dos fatores que motivaram a revisão, segundo analistas e o BC, é a perspectiva de que no quarto trimestre a atividade econômica crescerá menos do que entre julho e setembro, ainda sob o impacto das altas de juros feitas até julho. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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