BNB aplica R$ 1,8 bilhão no Maranhão e planeja mais recursos para MPEs

03-02-2011 15:15

 

Mais de R$ 1,8 bilhão foram aplicados no Maranhão por meio de financiamentos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no ano passado, em cerca de 257 mil operações de crédito. Embora tenha sido um resultado inferior ao de 2009 - quando o banco aplicou R$ 2,2 bilhões na economia maranhense e trabalhava com a expectativa de bater os R$ 3 bilhões em 2010 -, os números foram divulgados com entusiasmo pelo superintendente estadual do BNB, em exercício, Francisco de Assis Santos, que fez uma visita de cortesia ontem à tarde a O Estado, quando anunciou que este será o ano das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) para o banco.

No geral, as operações de curto prazo do BNB no Maranhão cresceram em 2010, com desembolsos que totalizaram de R$ 882 milhões, cerca de R$ 75 milhões a mais do que no ano anterior. Já as operações de longo prazo, por sua vez, caíram e totalizaram

R$ 945 milhões - cerca de R$ 355 milhões a menos do que em 2009 - quase todas contratadas por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que é o fundo de longo prazo operado pelo BNB.

“Os recursos do FNE sofreram redução por causa das reduções tributárias concedidas pelo Governo Federal, como as do IPI dos automóveis, materiais de construção etc, o que acabou afetando o resultado operacional do banco. Mas, mesmo assim, foi um bom ano para o BNB”, afirmou o superintendente em exercício.

Assim, embora com menos recursos para financiamentos a longo prazo, o BNB, conforme apontou Francisco Santos, conseguiu expandir sua atuação em segmentos estratégicos para a instituição e para o estado, como o de Micro e Pequenas Empresas e o de microfinanças urbana e rural. No caso das MPEs, os empréstimos e financiamentos atingiram ano passado no Maranhão o montante de R$ 195 milhões, cerca de 24% mais em relação ao contratado em 2009.

Conforme já havia sido declarado mais cedo pelo presidente do banco, Roberto Smith, ao anunciar os resultados operacionais gerais, o superintendente estadual em exercício confirmou que o BNB pretende ampliar as operações com MPEs este ano no Maranhão. “Acredito que 2011 será o ano da micro e pequena empresa para o Banco do Nordeste. O segmento tem capacidade de criação de oportunidades de trabalho comparável à da agricultura familiar”, observou.

A pretensão de o BNB tornar-se o banco das micro e pequenas empresas se justifica pelo peso cada vez maior que empreendedores destes portes estão tendo nos negócios do banco. Tanto é que a instituição está revendo a forma de atuação com as MPEs e buscando parcerias que auxiliem o segmento, principalmente na formulação dos projetos. “Notamos que há uma carência no assessoramento dos micro e pequenos empresários na hora de elaborar os projetos em busca de financiamento”, ressaltou o superintendente.

Francisco Santos destacou que tem se reunido com representantes de entidades como Fiema, Associação Comercial, FCDL/MA e Sebrae para definir parcerias que permitam capitalizar MPEs maranhenses para atuarem como fornecedoras nas obras de implantação da Refinaria Premium I da Petrobras. “É uma grande oportunidade que as MPEs maranhenses não podem perder”, afirmou o superintendente.

Microcrédito - Outro segmento que obteve destaque em 2010 foi o Crediamigo, programa de microcrédito urbano. Foram liberados R$ 248 milhões para microempreendedores no estado, 33% a mais do que em 2009. Já no meio rural, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o banco repassou R$ 155,8 milhões aos produtores maranhenses, sendo 47,7% por meio do Agroamigo, programa de microcrédito produtivo e orientado.

O BNB se destacou ainda no financiamento de grandes projetos para o Maranhão. O superintendente citou a Aciaria Gusa Nordeste, em Açailândia; as usinas termelétricas Geramar I e II, em Miranda do Norte; a TG Agro Industrial, em Aldeias Altas; além dos shoppings Rio Anil e da Ilha, em São Luís, onde foram financiados também hotéis das redes Accor/Ibis e o Luzeiros.

 

(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.705, Economia – pág. 08)

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