Caminhoneiros interditam acesso ao Porto do Itaqui

12-07-2012 08:42

Motoristas protestaram ontem por melhorias nas condições estruturais do pátio de estacionamento e manobra de carretas.

Caminhoneiros que operam no Itaqui realizaram um protesto que durou aproximadamente 12 horas, bloqueando as vias de acesso do porto. Os motoristas reivindicam melhorias sanitárias e estruturais no pátio de carretas, que ontem continha cerca de 200 caminhões. A manifestação começou por volta das 22h de terça-feira e terminou no fim da manhã de ontem.

Os motoristas informaram que um dos principais fatores que motivaram o protesto foi a falta de água na área de vivência do pátio de carretas. Os caminhoneiros disseram ter ficado pelo menos 48 horas sem poder tomar banho, lavar pertences pessoais e utilizar os sanitários. Como resultado da manifestação, na tarde de ontem, operários trabalhavam na reforma dos banheiros.

O protesto dos caminhoneiros terminou depois de uma negociação que envolveu representantes das distribuidoras, operadoras portuárias, e da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui.

Acordo - Ao fim das negociações, chegou-se a um acordo com 13 itens, que deverão ser cumpridos em até 15 dias, sob o risco de haver novos protestos dos caminhoneiros. Entre os itens, destaque para, além do fornecimento de água potável, a melhoria na qualidade da alimentação que, segundo os motoristas, não é satisfatória.

O tempo de espera no pátio de carretas do Itaqui, segundo os caminhoneiros, varia de acordo com os contratos feitos com as operadoras. Neste caso, um motorista pode esperar de 24 horas até 15 dias pela operação (carga ou descarga).

Burocracia - Outro destaque das reivindicações dos motoristas é a instalação de escritórios móveis das empresas contratantes (operadoras portuárias, distribuidoras), para facilitar o desenlace das cargas e descargas. De acordo com os caminhoneiros, é cansativo para eles procurar a pé cada empresa para despachar as notas de descargas e para marcar carregamentos.

Os caminhoneiros também reivindicam a instalação de serviços de alto-falantes para melhorar a comunicação entre eles e as distribuidoras.

Gestora - Em nota, a Emap informou ter tomado, ainda ontem, as providências para adequação dos banheiros e ampliação do restaurante no pátio de carretas. As solicitações relativas à maior agilidade na liberação das cargas, entre outras, deverão ser analisadas e atendidas pelas distribuidoras de combustível, responsáveis pela contratação dos motoristas.

Mais

Acordo firmado com os caminhoneiros:

1 - Alimentação: ampliar o restaurante, diminuir o preço das refeições e melhorar a qualidade da comida;

2 - Instalação de bebedouro industrial e caixa d'água;

3 - Cada distribuidora deverá instalar um escritório móvel (contêiner) para a recepção de notas de descargas e para marcação de carregamentos;

4 - Substituir vasos sanitários e instalar portas nos banheiros da área de vivência do pátio de carretas;

5 - Não permitir louças lavadas no mesmo lugar onde são lavadas roupas dos usuários da área de vivência;

6 - Liberação de desengate de carretas quando houver necessidade de realizar manutenção no maquinário (cavalo) do caminhão;

7 - Serviço de alto-falante para melhorar a comunicação entre os motoristas e as operadoras e distribuidoras;

8 - Sala de espera para motoristas;

9 - Temmar - anunciar chamadas na portaria do terminal e/ou pelo serviço de alto-falante;

10 - Instalação de serviço bancário (caixa eletrônico) que funcione 24 horas por dia;

11 - Estacionamento só para carretas-tanques e reparo; reparo no pavimento do pátio de carretas para evitar seguidos danos e estouros de pneus;

12 - Se for bloqueado algum motorista por motivo da manifestação, outro protesto haverá;

13 - Motoristas se comprometem a zelar pela estrutura do pátio de carretas do Porto do Itaqui.

(Fonte: O Estado do Maranhão)

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