Cargueiro Vale-RJ ancora na Baía de São Marcos

04-11-2011 16:15

Mais um supergraneleiro da classe Valemax, de 400 mil toneladas de porte bruto (TPB), está fundeado (ancorado) na Baía de São Marcos. O navio Vale Rio de Janeiro, de acordo com o site de monitoramento naval Marine Traffic, chegou ontem e ancoro a 54 quilômetros do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM). O primeiro navio dessa classe, o Vale Brasil, chegou ao sistema portuário da Ilha em maio deste ano.

A assessoria de comunicação da Vale, até o fim da tarde de ontem, não havia confirmado a chegada do Vale Rio de Janeiro à Baía de São Marcos. De acordo com a programação de navios no sítio eletrônico da mineradora, na próxima semana deve navegar em águas maranhenses o Vale Beijing (outrora chamado Vale China), programado para chegar no dia 9 deste mês, e ainda o Vale Itália, com chegada estimada para 3 de dezembro. O Vale Brasil, segundo o site Marine Traffic, está a caminho do Golfo Pérsico.

Com isso, confirma-se a informação divulgada em agosto deste ano pela Vale de que a companhia teria até o fim do ano quatro Valemax, identificados pela sigla VLOC (very large ore carrier, em inglês), considerados os maiores navios do mundo, encomendados a estaleiros da Coréia do Sul e da China para o transporte de minério de ferro. Cada Valemax tem 362 metros de comprimento e capacidade de carga de 390 mil toneladas.

Frota - O Vale Rio de Janeiro e o Vale Itália são os primeiros de uma encomenda de sete navios ao estaleiro sul-coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co. Os supergranaleiros foram batizados em setembro deste ano, em Busan, na Coréia do Sul. A mineradora também tem encomendados 12 Valemax ao estaleiro chinês Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, que construiu o primeiro da frota, o Vale Brasil.

De acordo com a mineradora, o desenvolvimento do projeto Valemax representou um grande desafio tecnológico em termos de inovação. Os navios permitem uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, são adequados aos portos mais modernos do mundo e possuem eficiente sistema de drenagem, capaz de bombear água livre nos porões através de seis pocetos (estrutura similar a de um poço) em cada um deles. Estes navios reduzem as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada. Em maio, o projeto recebeu o Nor-Shipping Clean Ship Award, prêmio internacional da indústria de navegação.

Os navios encomendados farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil (Ponta da Madeira, no Maranhão, e Tubarão, no Espírito Santo) e os clientes europeus e asiáticos. Os supergraneleiros têm alto padrão de segurança e contribuirão para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas.

O projeto original dos Valemax previa a construção de 35 supercargueiros, sendo 19 embarcações diretamente encomendadas a estaleiros sul-coreanos e chineses, e o restante seria encomendado por empresas de logística comprometidas a transportar o minério da Vale por, pelo menos, 25 anos.

Docenave - A Vale já chegou a operar, por meio da Navegação Vale do Rio Doce (Docenave), sua subsidiária de navegação, a terceira maior frota mundial de graneleiros. Há dez anos, em 2001, ano em que Roger Agnelli assumiu a presidência da mineradora, a Docenave foi vendida, como outros ativos não considerados o negócio principal, como participações em empresas de celulose, siderurgia, fertilizantes e florestas.

Em junho de 2001, a Vale informou ao mercado já ter vendido 14 dos 17 navios de sua frota, pelo valor total de US$ 134,7 milhões. Em setembro, concluiu a venda do restante da frota. Fundada em 1962, a Docenave chegou a operar com carga geral, o que não impediu que fechasse no vermelho no fim da década de 1990.

Números

7 Navios da classe Valemax foram encomendados ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na Coreia do Sul, com um investimento de US$ 748 milhões

19 Navios da classe Valemax foram encomendados ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China, com um investimento de US$ 1,6 bilhão.  (Fonte: O Estado do Maranhão)

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