Centro de Lançamento de Alcântara lança foguete de treinamento nesta quinta
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançará hoje o segundo foguete do ano. Trata-se de um Foguete de Treinamento (FBT) movido a combustível sólido que, com pouco mais de 3 metros de comprimento, atingirá cerca de três mil metros de altura. Outro foguete igual também será lançado esta semana. Outros dois do mesmo tipo ainda serão lançados no segundo semestre.
“O objetivo é desenvolver e certificar foguetes instrumentados para treinamento do CLA e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) visando o aprimoramento e a manutenção da capacidade operacional para o cumprimento das atividades previstas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE)”, explica o diretor do CLA, Coronel Ricardo Rodrigues Rangel.
Estes dois lançamentos compõe a operação, batizada de “Falcão I”, não colocarão os veículos em órbita e servem para treinar equipes do CLA, além de e verificar e calibrar equipamentos de acompanhamento de como o radar Adour IV, instalado na Raposa, em uma operação de lançamento de foguete espacial, como os de sondagem VSB-30 e os lançadores de satélites VLS-1.
O comandante do CLA, explicou que essas operações são fundamentais para os Centros de Lançamento, pois permitem o treinamento das equipes técnicas, a manutenção dos meios operacionais e a identificação de novos procedimentos técnicos, incluindo as áreas de preparação, integração, lançamento, rastreio, coordenação operacional, meios aéreos e marítimos de esclarecimento, mecanismos de resgate e evacuação aeromédica, segurança de superfície e de voo.
"Só para se ter uma idéia da importância dos foguetes de treinamento, antes de se realizar um lançamento do VLS, todos os meios operacionais deverão ser testados, inclusive o sistema de terminação de vôo, o que poderá ser avaliado com o lançamento de um Foguete de Treinamento Intermediário," afirma o coronel Ricardo Rangel, diretor do CLA.
Outras duas campanhas com foguetes de lançamento estão previstos para acontecer entre 1 e 3 de agosto e no final de outubro, considerado a melhor época para operações do tipo, apesar do regime de ventos a região.
Na Operação Falcão I não serão levados experimentos a bordo em nenhum dos dois foguetes, embora haja disponibilidade de 5 kg de carga útil em cada lançamento, com possibilidade de transmissão dos dados via telemetria para as estações de solo. (Fonte: O Imparcial)