Chega ao Maranhão a 1ª turbina para a Usina Termoelétrica Parnaíba

19-01-2012 08:48

Equipamento consta em contrato de US$ 1,2 bilhão assinado pela MPX com a GE para fornecimento de 19 turbinas a gás para a UTE

A MPX, empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, recebeu, no Porto do Itaqui, a primeira turbina da Usina Termoelétrica (UTE) Parnaíba, principal complexo termoelétrico em implantação no Brasil. O equipamento, fabricado pela General Eletric (GE) nos Estados Unidos, pesa 178 toneladas, tem 5 metros de altura e chegará em fevereiro ao canteiro de obras, localizado no município de Santo Antônio dos Lopes, a 250 quilômetros de São Luís. A MPX investirá R$ 3 bilhões para implantar mais de 1.500 MW na UTE e a receita anual em contratos já firmados chega a R$ 714 milhões por até 20 anos

A turbina faz parte de um acordo superior a R$ 2,14 bilhões (US$ 1,2 bilhão ou mais de 935 milhões de euros) com a multinacional GE para adquirir 19 turbinas Frame 7FA de 183 MW, cada uma, e um contrato de manutenção e assistência técnica por 20 anos. A parceria permitirá a implantação do complexo de geração a gás natural da UTE Parnaíba, que já tem licença para construir 3.722 MW.

As turbinas, de fabricação norte-americana, serão alimentadas por gás natural da companhia OGX Maranhão, na qual a MPX detém também uma participação.

Acordo - O acordo foi fechado pessoalmente entre Eike Batista e o presidente mundial da GE, Jeff Immelt, segundo o diretor de Operações e Implantação da MPX, Marcus Temke, e o executivo regional da GE Energy para a América Latina, Marcelo Soares.

Do total contratado, já foram encomendadas sete turbinas, todas com capacidade de cerca de 170 megawatts, no valor de US$ 500 milhões (390 milhões de euros).

A primeira delas já chegou a São Luís e a sétima chegará em dezembro. Quatro começarão a operar no início de 2013, somando 676 MW e gerando receitas anuais de US$ 158 milhões (123,5 milhões de euros).

"A parceria entre a GE e a MPX mostra a importância do empreendimento UTE Parnaíba para o crescimento da empresa. Teremos um importante polo de geração de energia elétrica integrado à produção de gás natural local", explica o presidente da MPX, Eduardo Karrer.

Integração - O projeto faz parte da proposta de integração vertical do grupo EBX, que procura na produção própria de energia obter lucros e independência do fornecimento da Petrobras.

A central termoelétrica do Parnaíba vai tornar-se, em 2014, a maior central movida a gás no Brasil com unidades de geração de energia que somam uma capacidade instalada para gerar 1,5 mil MW.

Segundo Marcus Temke, o fornecimento da energia - negociado em leilões públicos e com grandes consumidores livres - com contratos já firmados garantirá uma receita fixa anual de R$ 714 milhões (US$ 400 milhões ou 312,5 milhões de euros) por até 20 anos. O investimento previsto chega a R$ 3 bilhões, gerando mais de 1.500 empregos diretos. A empresa tem ainda licença de instalação para cerca de 2.200 MW. "A velocidade dependerá do sucesso da campanha exploratória da OGX Maranhão", acrescentou Temke.

A produção de gás da OGX Maranhão inicia-se no segundo semestre e poderá chegar, já em 2013, a 6 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a quase 10% da produção brasileira de gás atualmente.

A companhia tem participação acionária em oito blocos terrestres de gás natural na Bacia do Parnaíba, em parceria com a OGX, que já garantiu a entrega de 6 milhões de metros cúbicos do combustível por dia em 2013.

Ritmo acelerado - O trabalho de exploração e produção segue em ritmo acelerado em busca da confirmação de mais gás para a expansão da usina, com o início da exploração previsto para o segundo semestre.

"O trabalho desenvolvido pela OGX Maranhão [empresa constituída pela MPX e a OGX para produção de gás na Bacia do Parnaíba] é espetacular. Em 2009, os blocos foram adquiridos. No ano seguinte, a perfuração dos poços foi iniciada e, em 2011, declarada a comercialidade do gás, um feito excepcional e em tempo recorde", ressaltou Marcus Temke.

"O projeto da UTE Parnaíba, em conjunto com a MPX, baseia-se no renome que a GE desenvolveu no Brasil como maior fornecedor de tecnologia confiável, eficiente e econômica de geração de energia”, afirmou o executivo regional da GE Energy para a América Latina, Marcelo Soares. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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