CNDL diz que redução na taxa de juros pode estimular a economia
Para a entidade, taxas mais baixas incentivam o consumo das famílias e do setor produtivo.
Brasília - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas avalia que a redução da taxa básica de juros (Selic) de 8,5% para 8% ao ano e a consequente redução do rendimento da caderneta de poupança devem dar um novo fôlego ao segundo semestre da economia brasileira.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a oitava redução seguida da taxa básica de juros já era prevista com unanimidade pelo mercado, que apostava em uma queda de 0,5 ponto percentual. "Trata-se do menor índice já registrado. Com esta redução, o Brasil passa a ocupar a terceira posição entre os países com os maiores juros reais do mundo, atrás apenas de Rússia e China", disse.
A queda da Selic é prova de que a redução dos juros não impactou a inflação. "Taxas mais baixas incentivam o consumo das famílias e do setor produtivo, porque a tomada de empréstimos se torna ainda mais acessível, além de deixar mais dinheiro disponível no mercado, melhora na liquidez", explica o dirigente lojista.
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os rendimentos das cadernetas de poupança também serão modificados. Em maio deste ano, o governo definiu que a poupança renderá menos sempre que a Selic for igual ou inferior a 8,5 % ao ano. "Dessa forma, existe uma expectativa clara de reaquecimento da atividade econômica, apoiada no aumento do crédito e na demanda interna", avalia.
Por outro lado, a incerteza gerada pela crise internacional e pelo comprometimento de renda dos brasileiros retarda o impacto das reduções propostas pelo Banco Central no investimento e no consumo. "Historicamente na economia, é natural que essas mudanças demorem entre 90 e 120 dias para que comecem a fazer efeitos", afirmou o presidente da CNDL. (Fonte: O Estado do Maranhão)