CNT propõe R$ 11,2 bilhões em investimentos na logística do MA

26-02-2011 21:08

A Confederação Nacional do Transporte (CNT), com sede em Brasília (DF), divulgou nesta semana o Plano de Transporte e Logística 2011, uma publicação com 370 páginas de propostas de projetos considerados essenciais para o desenvolvimento do país. Em relação ao Maranhão, o plano estima R$ 11,2 bilhões em investimentos em portos, hidrovias, ferrovias e rodovias.

No caso do setor portuário, o plano da CNT sugere um investimento de R$ 24.077.562,46 em infra-estrutura, embora não especifique quais obras; e mais R$ 34.383.614,17 em serviços de dragagem e derrocamento de 1,7 milhão/m³. A confederação considera o Itaqui o segundo maior porto do país em movimentação de carga, com destaque às operações com minério de ferro, bauxita, alumina, minério de manganês, coque e soda cáustica.

A justificativa para os investimentos é a importância do porto em função da logística do estado, com ênfase em estradas e ferrovias, bem como à área de influência do Itaqui, que se estende pelo estado do Tocantins, o sudoeste do Pará, o norte de Goiás e o nordeste de Mato Grosso.

Hidrovia - O documento ainda estima que o Maranhão precisa investir R$ 133,4 milhões em serviços de ampliação de profundidade no setor hidroviário, com a dragagem de 6,6 milhões de m³ de sedimentos; e mais R$ 776,5 milhões em obras de transposição. Para a CNT, é necessário investir na construção de eclusas para ampliar a navegação na Hidrovia do Tocantins, mais precisamente em Serra Quebrada, localizada na região oeste.

O plano também propõe a qualificação da Hidrovia Araguaia-Tocantins entre os municípios de Miracema do Tocantins (TO) e Porto Franco (a 724 km de São Luís), para capacitar o corredor hidroviário de exportação agrícola da região Centro-Oeste. Além disso, a Confederação sugere a construção de um terminal intermodal para integrar o rio às rodovias BR-010 e BR-226, bem como a uma terceira linha planejada para a Ferrovia Norte-Sul.

A CNT também sugere a integração da hidrovia à malha rodoviária e ferroviária do Maranhão, com a construção e/ou ampliação de terminais multimodais para redução de custos logísticos. Neste contexto está o município de Estreito (a 752 km de São Luís), onde se propõe a ampliação do terminal intermodal que integra o Rio Tocantins, a Ferrovia Norte-Sul e as rodovias BR-010 e BR-230.

Ferrovia - O projeto da CNT sugere a construção de uma linha férrea na Região Tocantina, ligando Açailândia (a 566 km de São Luís) até Itinga, num trecho de 69 quilômetraos, com vistas a atingir a rede ferroviária paraense até o Porto de Espadarte; e ainda uma ligação ferroviária para o município de Salgueiro (PE). Nesse caso, a obra seria de 366 quilômetros, iniciando-se em Imperatriz e terminando em Tasso Fragoso (934 km ao sul de São Luís), na divisa com o Piauí, para se integrar à rede da Transnordestina.

A entidade ainda considera importante a duplicação do tramo ferroviário de 323 quilômetros que liga o município de São Pedro da Água Branca (725 km de São Luís), na divisa com o Pará, até a zona portuária ludovicense. Nesse sentido, o plano considera os trechos que já foram e os que deverão ser duplicados da Estrada de Ferro Carajás.

Rodovia - O Plano da CNT sugere a recuperação de pavimento das rodovias federais e estaduais. Entre as propostas, a entidade aconselha ainda duplicação de 337 quilômetros da BR-010 (a Belém-Brasília), a pavimentação de 100 quilômetros da BR-226 e a construção da BR-235, em uma extensão de 130 quilômetros no município de Balsa, interligando-o ao Tocantins.

Para a BR-226, a obra seria a pavimentação de 100 quilômetros de estrada entre Caxias e Timon, localizada na porção leste do Maranhão.

Números

58,4 Milhões de reais devem ser investidos no setor portuário, segundo a CNT

909 Milhões de reais devem ser investidos no setor hidroviário, segundo a CNT

5,5 Bilhões de reais devem ser investidos no setor ferroviário, segundo a CNT

4,4 Bilhões de reais devem ser investidos no setor rodoviário, segundo a CNT

 

(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.728, Portos – pág. 12)

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