Coluna Bastidores: Tegram; BR-135
Tegram, finalmete, sai do papel:
Muito já se falou e prometeu sobre o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no Porto do Itaqui. Idealizado em 2004, quando a produção de grãos do estado e da região em torno ainda era bem maior do que a atual, só agora a obra, finalmente, vai sair do papel. Foram sete anos de avanços, paradas e adiamentos. Mas no próximo dia 18 serão abertos os envelopes da licitação, na sede da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). O projeto prevê quatro armazéns, correia transportadora e carregador de navios com capacidade para 2,5 mil t/h.
O Tegram é resultado de investimento de R$ 262 milhões e os ganhadores do certame vão construir quatro silos no Itaqui, com capacidade estática para 500 mil toneladas. em agosto, o edital foi publicado, com a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, cerca de 100 empresas nacionais e internacionais se interessaram pelo empreendimento.
As empresas vencedoras, uma por lote, poderão explorar o negócio por 25 anos, renováveis por mais 25, e serão responsáveis pela operacionalização do projeto, incluindo o sistema de recepção e expedição da carga. Se tudo correr dentro do cronograma, esta primeira fase deverá entrar em operação no final de 2013, com capacidade para movimentar cinco milhões de toneladas ao ano. A expectativa é que a terraplanagem seja iniciada já no último trimestre deste ano e as obras comecem no primeiro semestre de 2012.
Renovação do Itaqui:
Por falar em Porto do Itaqui, a sua recuperação e modernização vão exigir a vultosa quantia de R$ 604,5 milhões. A recuperação estrutural dos berços 101 e 102 consumirá R$ 93,5 milhões, a dragagem dos berços 100 e 103, outros R$ 35 milhões, e a construção dos berços 100 e 108, mas a soma de R$ 84 a R$ 112 milhões.
Capotagem na duplicação (1):
O superintendente regional do Dnit no Maranhão, Gerardo Ribeiro, não arrisca quando acontecerá o novo processo de licitação para a duplicação do trecho de Perizes a Bacabeira da BR-135, cancelado anteontem pelo órgão, em Brasília. Ele acha que vai ser preciso pressão política, a exemplo do que pode acontecer com o Contorno Rodoviário de Belo Horizonte, também cancelado pelo Dnit.
Capotagem na duplicação (2):
Como a licitação foi cancelada na fase de abertura dos envelopes, todo o processo começará do zero. O que ainda resta de esperança é que a duplicação permaneceu entre as oito obras do Dnit. A governadora Roseana Sarney já bateu telefonema para Brasília, buscando maiores informações do desfecho e como o Maranhão poderá unir esforços para impedir novos desdobramentos contrários a “rodovia da morte”. (Fonte: O Imparcial)