Coluna Estado Maior
Nordeste nuclear
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já administra larga projeção no plano internacional por conta dos passos que o Brasil vem dando no campo da produção de combustíveis - é dono de gigantescas reservas de petróleo no pré-sal e surpreende o mundo com o etanol. Agora, vai atrair ainda mais as atenções fora do país, determinado que está a embalar a política brasileira de produção de energia nuclear para fins pacíficos com o projeto de construção de quatro novas usinas nucleares, duas delas no Nordeste. A sinalização nessa direção foi dada recentemente, quando, em conversa com jornalistas, o ministro Edison Lobão falou das perspectivas para o ano de 2011 nos setores de energia, petróleo e mineração. O ministro anunciou que o governo pretende aprovar, neste ano, o projeto para a construção de quatro novas usinas nucleares. Atualmente, o país possui duas usinas, localizadas em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Lobão explicou, porém, que a construção de usinas nucleares no Brasil depende da necessária aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), sem o que nenhum projeto dessa natureza ganha forma. - Vamos ter uma reunião do CNPE para tratar disso. Os sítios (para a construção das usinas nucleares) estão sendo localizados. Temos esperança de avançar com esses projetos - disse. O mais interessante no projeto do ministro é que duas das quatro usinas nucleares que ele pretende construir serão localizadas no Nordeste, que assim avançará no seu processo de desenvolvimento e modernização. As duas outras serão localizadas no Sudeste: São Paulo, Minas Gerais ou Rio de Janeiro. Lobão informa que a capacidade de produção das novas usinas não está definida nem sabe o custo inicial dos empreendimentos. A construção de quatro usinas nucleares no Brasil será certamente motivo de muito tititi e nhenhenhém nos bastidores da política internacional, situação que Lobão certamente administrará com habilidade diplomática.
Gerências
A governadora Roseana Sarney (PMDB) deve ter uma conversa definitiva sobre as gerências regionais com o chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva. Só a partir dessa conversa será definido o texto do decreto que será editado estabelecendo localização, organograma e função das pastas, que terão status de secretaria-adjunta. O que já se sabe é que serão 22 as gerências regionais no Maranhão.
(O Estado do Maranhão - pág. 03; Estado Maior)