Comércio exterior em alta

29-11-2011 11:20

Segundo o MDIC, os portos maranhenses já movimentaram US$ 7,5 bilhões em mercadorias este ano. O montante é um novo recorde para o estado.

O comércio exterior nunca movimentou tantos dólares no Maranhão. Os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que já foram negociados US$ 7,5 bilhões até outubro deste ano. O montante é recorde.

Cerca de  170 produtos negociados pelos empresários maranhenses – 66 para exportação e mais de 100 de importação – têm como principal características serem commodities, ou seja, que ainda precisam ser transformados em produtos de consumo.

Há boas notícias como a volta a recuperação da exportação de produtos como alumina (matéria- prima para produção de alumínio) e ferro- gusa e a consolidação de outros como a soja, hoje firmemente posicionado em terceiro lugar na pauta de exportação.

Porém, um dado na pesquisa do MDIC se destaca: o resultado foi puxado pela importação de derivados de petróleo que somam 55,03% de tudo o que foi negociado no mercado externo, seja para importação ou para exportação. Isso indica que este conjunto de produtos movimentou US$ 4,13 bilhões até outubro, um volume 30,28% a mais do que todos os derivados de petróleo que passaram pela capital.

Estes produtos – basicamente óleo diesel, gasolina e querosene de aviação – são comprados no mercado externo para suprir as necessidades do meio- norte do país, cuja demanda é atendida pelo entreposto da Petrobrás instalado na retroárea do Porto do Itaqui.

De lá, depois de ser desembarcado no píer 106 – hoje dedicado a movimentação de derivados de petróleo – os carregamentos de combustíveis passam pelo desembaraço alfandegário e então é distribuído por meio de trens, caminhões navios de cabotagem para lugares tão distantes quanto Manaus e Recife, Palmas e Teresina.

Agricultura

Os produtos agrícolas também vêm ganhando espaço na pauta de importação. Além dos fertilizantes cuja internalização vem batendo recorde mês a mês, dois produtos se destacam: o arroz parbolizado e trigo.

O primeiro produto é um tipo de arroz Premium, que tem sido importado e ensacado no estado para atender o crescente mercado por produtos mais elaborados no meio norte. Este ano, já foram importados 96,1 mil toneladas do produto, o que é 0,95% dos que entrou pelos portos maranhenses. No ano passado, o ano fechou com 133 mil toneladas importadas, o que indica o que desembarque de arroz deve ser menor do que no ano passado, mas ainda será bastante significativo.

Já o trigo, importado basicamente da Argentina e do Canadá, deverá fechar o ano no mesmo patamar registrado em 2010, quando entraram cerca de 75 mil toneladas do produto. Até outubro haviam chegado 67 mil toneladas.

US$ 890 milhões em investimentos

A Vale anunciou ontem o seu plano de investimentos para 2012: mineradora aplicará US$ 21,4 bilhões. Para o Maranhão, estão previstos a aplicação de US$ 890 milhões na preparação da empresa para movimentar 150 milhões de toneladas de minério de ferro pelo Complexo Portuário de São Luís – que é formado pelos portos do Itaqui, Alumar e Ponta da Madeira. Os recursos serão aplicados na duplicação da estrada de Ferro Carajás, e na construção do quarto píer da mineradora, em São Luís, ao lado do terminal de Ponta da Madeira. A previsão é que as obras estejam concluídas no 1º semestre de 2014. (Fonte: O Imparcial)

 

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