Comércio varejista se expande

11-03-2012 10:22

Segundo registros do setor, todos os meses pelo menos dois novos empreendimentos são instalados na cidade de Caxias.

Caxias - A cidade de Caxias já confirmou a sua vocação para o comércio varejista. Todos os meses pelo menos dois novos empreendimentos são abertos. O que pouca gente tem observado é que esses estabelecimentos comerciais estão cada vez mais de olho nos consumidores de baixa renda (assalariados e autônomos).

Pensando neles que muitos estabelecimentos se adaptam a esses consumidores e adquirem um perfil popular. Nos novos empreendimentos não há luxos ou grifes e o consumidor de baixa renda é o melhor cliente, como atesta um dos mais novos empreendedores da cidade, Luís Araújo.

A loja de confecções populares que foi aberta há três meses é focada no público de poucos recursos. Ele, que já foi durante cinco anos vendedor de consórcios, diz que não se arrepende de ter aberto o próprio negócio.

“Todos os dias a gente vende, pouco ou muito, mas a gente vende. Foi bom ter aberto a loja porque a gente deixa de trabalhar para alguém e vira dono de uma coisa que é nossa, servindo clientes bons”, garante o pequeno empresário.

A motivação de Luís Araújo tem uma boa causa. Todos os empreendedores ouvidos por

O Estado afirmam que os consumidores de baixa renda são os melhores, pois além de pagarem muitas vezes à vista, as compras a prazo não atrasam. O intuito é claro, manter o nome limpo e renovar o cadastro com outra compra.

“Nosso comércio não é grande e a gente vende para todo tipo de pessoa, mas é fácil assumir que o consumidor que ganha pouco paga em dia. Para eles,

R$ 0,1 a mais em um carnê é muito. Talvez seja por isso que eles dão valor em pagar tudo o que devem direitinho”, acredita o empresário Soares Júnior.

Engana-se aquele que acha que o consumidor de baixa renda, que alimenta o comércio popular de Caxias, não é exigente com a qualidade do que adquire no comércio local.

A consumidora Isabel Pereira diz que nem sempre é o preço que influi na hora da compra, ela ressalta que trabalha como doméstica e ganha R$ 400,00 por mês, mas nem por isso se deixa levar apenas pelo preço daquilo que compra.

A empregada doméstica declara que é exigente e explica que quando aquilo que deseja não cabe no orçamento, ela planeja uma poupança com o marido porque a opção é sempre da compra à vista.

“Se a gente não pode comprar em um mês, vai guardando dinheiro para adquirir nos próximos. Às vezes a gente demora a comprar, como foi o caso da nossa geladeira. Guardamos dinheiro por quase um ano, mas não ficou devendo nem um centavo”, exulta Isabel Pereira.

Entretanto, nem todos os consumidores se planejam como a empregada doméstica e estes quase sempre engrossam as estatísticas do Serviço de Proteção ao Crédito. Quem já teve o crédito bloqueado garante que aprendeu a lição e concorda com a dica dos especialistas, que alertam: “O importante é não comprar além daquilo que recebe”.

Interior - Enquanto os novos ricos ou aqueles que já conseguem receber mais de dois salários mínimos todos os meses preferem fazer compras em outros centros comerciais, como Teresina - distante de Caxias cerca de 40 minutos - quem vem procurando Caxias para comprar são os moradores dos povoados de municípios circunvizinhos, como Senador Alexandre Costa, Gonçalves Dias e Presidente Dutra.

Povoados como Nazaré do Bruno e Brejinho, por exemplo, que querem se emancipar, abastecem os pequenos estabelecimentos comerciais atacadistas caxienses. O comerciante Francisco Carvalho garante que já tem uma lista com mais de 20 clientes de povoados caxienses. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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