Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais inclui Maranhão em atlas do setor

09-10-2011 11:49

O secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, analisaram propostas de exploração sustentável dos recursos minerais e hidrogeológicos do Maranhão com o presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Manoel Barretto da Rocha Neto, e o diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento, da companhia, Antônio Carlos Bacelar Nunes. O encontro ocorreu na última semana, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, eles debateram a criação de um escritório da CPRM no Maranhão, uma solicitação feita pela governadora Roseana Sarney ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Manoel Barretto apresentou um atlas que indica os recursos naturais que podem ser explorados em empreendimentos mineroindustriais. Na oportunidade, ele anunciou a existência de uma argila rara no Maranhão. “Os especialistas do CPRM têm trabalhado no mapeamento dos recursos minerais do estado”, disse Barreto. O Maranhão, de acordo com os estudos, é uma importante fronteira mineralógica, rica em gás natural. “Os poços maranhenses suprem a demanda de gás que hoje é satisfeita pela Bolívia”, afirmou.

“A CPRM pesquisa atualmente granulados marinhos na plataforma continental da costa maranhense”, revelou Rocha Neto. “Estamos estudando que tipo de granulados existe na plataforma, se silicato ou se carbonato”, explicou o presidente da companhia.

Empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a CPRM tem atribuições de Serviço Geológico do Brasil. Sua missão é gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Atua nas áreas de levantamento geológico, geofísico, geoquímico, hidrológico, hidrogeológico e de informações para gestão territorial. Opera, também, na gestão e divulgação de informações geológicas e hidrológicas.

“São justamente esses serviços que o escritório da companhia vai incrementar e que o Maranhão necessita, neste momento, em maior escala, considerando que o setor mineral encontra-se em franco processo de expansão no estado”, afirmou Ricardo Guterres.

O secretário maranhense defendeu a criação de um curso de graduação em Geologia no estado, para formar técnicos que possam dedicar-se ao estudo dos recursos minerais e hidrogeológicos do Maranhão. Também convidou a CPRM a enviar representante a um seminário sobre o tema, a ser organizado pela Secretaria de Estado de Minas e Energia (Seme), em São Luís.

Atlas - Manoel Barretto entregou ao secretário Ricardo Guterres o recém-lançado “Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia Brasileira”. O documento, resultante de uma pesquisa técnica, apresenta 88 materiais avaliados e catalogados nos estados do Maranhão, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Do total, 75% não têm registro anterior e podem vir a ser explorados em empreendimentos mineroindustriais.

Manoel Barretto explicou que a CPRM realizou um estudo sobre uma argila, considerada preciosa e rara, mas existente no Maranhão, cujas propriedades físico-químicas a torna propícia para corrigir a acidez do solo. “Pesquisadores em agropecuária consideram-na a redenção para as áreas inóspitas do cerrado. Essa argila ajuda a impedir a lixiviação do solo”, explicou.

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Também foi analisado na reunião o projeto de Mapeamento Geológico do Maranhão, que será feito pela CPMR com o apoio da Seme. O objetivo é fazer um levantamento das atividades de exploração mineral no estado. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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