Condições de mar e vento podem atrapalhar intervenções em navio

04-01-2012 09:18

Operação de remanejamento interno de minério de ferro do porão 7 para os porões 3 e 5 foi adiada para hoje por causa dos ventos fortes

Foi adiada para hoje a operação de remoção interna de minério de ferro no Vale Beijing. As condições de mar e vento, no entanto, podem voltar a atrapalhar as atividades, segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, que fiscaliza o navio. O guindaste que será utilizado no remanejamento de carga foi montado ontem, e a equipe técnica aguarda o momento mais apropriado para iniciar as atividades, uma vez que a embarcação está em desnível e instável. Ainda não há, no entanto, definição sobre a retirada de óleo do graneleiro, que está sob o risco de naufrágio na Baía de São Marcos.

O procedimento de remoção de minério de ferro do porão 7 para os porões 3 e 5 seria iniciado ontem. Os fortes ventos e as condições adversas do mar, porém, não permitiram a investida. "Se as condições de mar forem favoráveis, a operação começará amanhã. Até o momento, está tudo bem encaminhado", disse o capitão de Mar e Guerra, Nelson Calmon Bahia, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão.

A balsa que vai distribuir as esteiras rolantes cedidas pela Vale se deslocou ontem do Porto do Itaqui em direção à área de fundeio número três do porto, na Baía de São Marcos, onde está fundeado o Vale Beijing. As esteiras serão usadas para o remanejamento da carga.

O objetivo da operação é fornecer maior estabilidade à embarcação. A carga deve ser retirada do porão 7, porque as avarias no navio que permitem a entrada descontrolada de água, ocorrem justamente nas proximidades deste compartimento. A intenção é de que após a conclusão do procedimento, a Smit use o escâner marinho, equipamento capaz de detectar imagens das avarias no casco da embarcação, sob a água.

A embarcação que fará a remoção interna de carga do Vale Beijing chegou a São Luís na semana passada. A operação não havia sido realizada até então, por conta das tentativas de remoção de óleo combustível do navio. As duas manobras são tidas como prioridade pela STX Pan Ocean, que até o momento não tem noção da dimensão das avarias e sequer realizou qualquer tipo de reparo no navio. Ontem, o remanejamento foi adiado e as atividades podem começar nas próximas horas.

Combustível - A retirada de óleo continua indefinida. De acordo com Nelson Calmon Bahia, a Smit já teria acertado as bases de pagamento de locação de um navio-tanque da Petrobras, mas a STX Pan Ocean ainda não concordou com o pagamento. "Creio que até amanhã [hoje] as empresas devam entrar em acordo acerca do preço. A remoção deverá mesmo ser feita por um navio-tanque", disse.

O navio-tanque, segundo o comandante, seria a única possibilidade viável no momento, devido às adversidades que envolvem a situação do graneleiro, tais como as condições de navegabilidade da embarcação, comprometidas por causa das rachaduras em dos tanques de lastro, e mar e vento.

Na última quarta-feira, a balsa que faria a remoção do óleo, foi atracada na área de fundeio número três do Porto do Itaqui, onde o navio está fundeado, e posteriormente teve seus equipamentos acoplados ao graneleiro. As condições de mar e vento, porém, impediram a continuidade da operação, por causa da instabilidade da chata, risco elevado de rompimento de dutos, e consequentemente, o vazamento de óleo no mar. As bombas nem sequer foram acionadas e a operação acabou suspensa.

Na quinta-feira, a empresa Smit procurou a Capitania dos Portos e argumentou ser impossível continuar a operação com a balsa. Até então, uma saída seria remover novamente o Vale Beijing para outra área de fundeio, onde as águas são mais tranquilas. Essas áreas, porém, não dispõem de profundidade mínima necessária para a navegabilidade do navio. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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