Conflito paralisa obras da usina hidrelétrica Jirau

18-03-2011 15:12

 

O confronto entre trabalhadores na usina do Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, aumenta o risco de atraso na entrega da hidrelétrica, cujo início das operações estava previsto para março de 2012. O presidente do consórcio ESBR, vencedor da licitação, Victor Paranhos, disse que as obras estão totalmente paradas.

Ontem, novo confronto na usina levou ao incêndio de alojamentos e escritórios que ainda não tinham sido destruídos pelos distúrbios ocorridos na quarta-feira, com queima e destruição de diversos ônibus que fazem o transporte dos trabalhadores e alojamentos.

O presidente do ESBR relatou que o motim começou com um desentendimento entre um motorista desses ônibus e um operário. Isso teria deflagrado uma onda de violência no local. "Não sabemos por quanto tempo vai parar (a obra), mas temos que voltar ao controle do canteiro de obras. O episódio pode provocar reavaliação (de prazos)", disse Paranhos.

Ele contou que a polícia foi acionada para conter o motim e a Força Nacional de Segurança também deve ser deslocada para a área. Os seguranças da obra não portam armas. A sensação geral no entorno da obra é de instabilidade. "As pessoas que trabalham lá estão nervosas e inseguras. Isso também cria insegurança para investimentos".

O empreendimento é uma obra gigantesca, da ordem de R$ 13 bilhões no rio Madeira, previsto para gerar mais de 2 mil MW de energia firme. O grupo Suez é o principal acionista, com mais de 50%. Empresas do grupo Eletrobrás têm aproximadamente 40%. O grupo Camargo Corrêa, responsável pela obra, é sócio minoritário.

Paranhos afirmou que a construção já passou de 60%, o desvio do rio praticamente concluído e cerca de 50% dos equipamentos no canteiro. Esses equipamentos, disse, assim como dois armazéns de explosivos, estão preservados e sob vigilância policial.

(Fonte: VALOR ECONÕMICO, EMPRESAS)

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