Construção de refinaria no MA será reavaliada pela Petrobras

27-06-2012 10:05

Das quatro novas refinarias previstas pela Petrobras, apenas a de Pernambuco, a polêmica Abreu e Lima, uma possível parceria com a venezuelana PDVSA, tem data para entrar em operação.

Outras duas refinarias, prometidas pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma no Maranhão (Premium 1, em Bacabeira) e outra no Ceará (Premium 2), entraram no rol de projetos em avaliação pela Petrobras.

Com três anos de atraso e oito vezes mais cara, a primeira fase da refinaria Abreu e Lima, também conhecida como Refinaria do Nordeste (Rnest), entrará em operação em novembro de 2014, ao custo de US$ 20,1 bilhões (era US$ 2,3 bilhões), segundo o novo Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2012-2016.

“As refinarias são fundamentais, mas preciso saber quanto custa e quanto já se fez”, disse a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Pelo Plano de Negócios da empresa, as refinarias Premium 1 (Maranhão) e Premium 2 (Ceará), ainda não iniciadas, não ficarão prontas antes de 2017.

Para a refinaria de Pernambuco, a Petrobras ainda espera a entrada da PDVSA: o prazo de definição é até novembro. A Rnest está com apenas 57,5% de suas obras prontas. Se o cronograma inicial tivesse sido cumprido, já estaria com 94,5%.

Para evitar que o “caso Rnest” se repita, Graça proibiu que sejam feitas compras antecipadas para as demais refinarias antes das reavaliações e determinou que os diretores não fizessem projeções de datas, como acontecia na gestão anterior.

“Não deixo ninguém responder hoje quando entra o primeiro trem do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro)”, disse Graça.

“O primeiro trem (unidade de refino) está sendo reavaliado, preciso saber quanto custa e o que ainda tem pra fazer de físico (obra)”, disse.

O Comperj estava previsto para entrar em operação em setembro de 2014, data não confirmada pela executiva.

A segunda unidade de refino do Comperj, confirmada no plano anterior (2011-2015) e com a mesma capacidade do primeiro (165 mil barris diários), entrou em avaliação.

Ao todo, na área de abastecimento, que coordena as obras das refinarias, US$ 15,8 bilhões em projetos serão reavaliados.

Sem corte – os atrasos e mudanças nos cronogramas, que atingem também as refinarias Premium 1 (Maranhão) e Premium 2 (Ceará), não significam, segundo Graça Foster, que a Petrobras está desistindo dos projetos.

“Não se discute, vamos fazer sim. Nós precisamos, sim, dessas refinarias. Todas as quatro. As refinarias são fundamentais, mas precisam ser avaliadas. Nenhum projeto foi retirado, nenhum. Não existe corte de projeto”, anunciou.

O novo cronograma da Premium 1, no Maranhão, significa um atraso em relação à data anterior. A primeira fase da unidade estava prevista para começar a operar em 2016. Agora, o início da operação foi estendido para 2017. (Fonte: Jornal Pequeno)

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