Consumo de gás natural pelo setor industrial do Maranhão deverá dobrar

30-03-2012 08:46

Atualmente, a demanda chega a 2,5 milhões de metros cúbicos.

Hoje, a capacidade instalada do setor industrial maranhense demanda um consumo de 2 milhões a 2,5 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural, volume que deve dobrar com os novos empreendimentos em instalação no estado, como a refinaria da Petrobras em Bacabeira, a aciaria em Açailândia, planta de celulose em Imperatriz, entre outros projetos.

Essa necessidade deve ser atendida pela produção de gás da OGX Maranhão na Bacia do Parnaíba, em especial, e das empresas Engepet/Perícia e Panergy, na Bacia de Barreirinhas, ambas terrestres. Com esse levantamento da atual e futura demanda por este insumo, a Empresa Maranhense de Gás (Gasmar) já está negociando o suprimento de gás com esses dois fornecedores para que o mercado local seja atendido.

No caso da OGX, o gás a ser produzido nos campos de Capinzal do Norte e Santo Antonio dos Lopes, poderia, além da usina térmica da MPX, atender inicialmente a indústria. "Em outro momento, atenderia os segmentos comercial e residencial", disse o presidente da Gasmar, Matias Couto Frota.

Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, no caso específico da OGX Maranhão, o Governo do Estado, por meio da Gasmar, firmou um protocolo de intenções ano passado, com a finalidade de garantir que o gás a ser produzido na Bacia do Parnaíba seja utilizado não somente para a geração de energia da usina térmica da MPX. "Queremos que o gás atenda também os mercados industrial [cerâmica, metalurgia, siderurgia e outros] automotivo, residencial e comercial", declarou o secretário.

Em relação ao gás a ser produzido na Bacia de Barreirinhas, nos campos de Oeste de Canoas e de Espigão, pelas empresas Engepet/Perícia e Panergy, respectivamente, o presidente da Gasmar, Matias Frota, informou que deve atender inicialmente ao setor automotivo, com a oferta de Gás Natural Veicular (GNV) e talvez o setor comercial. A OGX Maranhão prevê para o início do segundo semestre deste ano a produção de gás nos campos de Gavião Real (Santo Antonio dos Lopes) e Gavião Azul (Capinzal do Norte), que têm capacidade estimada de aproximadamente 6 milhões de m3/dia a partir de 2013.

Este ano, a empresa tem como meta perfurar mais seis novos poços na região e outros oito em 2013. Já as empresas Engepet/Perícia e Panergy estimam para julho deste ano o início da perfuração dos poços e produção de gás natural na Bacia de Barreirinhas. Os dois campos juntos têm reserva estimada de 350 milhões de m³ de gás. O investimento é de R$ 25 milhões na perfuração de oito poços nos dois campos, dos quais em quatro já está confirmada a presença de gás natural.

Gasoduto de 250 km será construído pela TMN

A partir do momento em que for fechado o contrato de fornecimento e de venda do gás para o mercado local, a Transportadora Meio-Norte TMN deve buscar recursos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ou na iniciativa privada para a construção do gasoduto de 250 km, de Capinzal até São Luís.

Dos pontos de vista legal e ambiental, o projeto está bem adiantado, pois a TMN está balizada no licenciamento ambiental concedido para a construção do gasoduto Meio-Norte, de 948 km de extensão, que sairia de Pecém (CE) até São Luís (MA), e cujo traçado dentro do estado passa próximo à região onde a OGX Maranhão produzirá gás.

Está prevista numa segunda etapa de distribuição do gás natural pela Gasmar, a construção de ramais de gasoduto até Imperatriz e Açailândia, para atender a demanda dos empreendimentos industriais dessas duas regiões.

Já o gás a ser produzido pela Engepet/Perícia no campo de Oeste de Canoas, na Bacia de Barreirinhas, deve ser transportado para São Luís por caminhões, para o atendimento do mercado automotivo. No caso, do campo de Espigão, onde o acesso é mais difícil, a Panergy deve construir um gasoduto de 25 km até a BR-402 e a partir dai escoar o gás por rodovia, via carretas. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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