Corte de encargos deve reduzir em 10% conta de luz, diz ministro Lobão

27-07-2012 08:35

O governo pretende enviar ao Congresso Nacional Medida Provisória que prevê cortes e extinção de encargos setoriais.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o governo enviará ao Congresso Nacional, em até 30 dias, uma medida provisória para cortar todos os encargos do setor elétrico e prorrogar as concessões na área. Segundo ele, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está estudando o impacto que o corte nos encargos terá na conta de energia do consumidor e da indústria. O governo espera redução de cerca de 10%.

"Estamos trabalhando intensamente em uma medida provisória de alteração das concessões, prorrogando por mais uma vez as concessões de energia elétrica, mas tudo isso com o princípio mantido da modicidade tarifária, que será intenso. Os encargos setoriais serão extintos. Este é o caminho para realmente fazer cair o preço da energia", disse o ministro.

O ministro afirmou que o governo cancelará a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR), além de alterar o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). O programa do Governo Federal, Luz para Todos, não sofrerá alteração, segundo o ministro.

"Vamos cancelar CCC, CDE, RGR, e provavelmente mexeremos também no Proinfa. O Luz para Todos passa para o tesouro nacional e não sofrerá nenhuma dificuldade. Os programas serão mantidos", disse.

O anúncio das medidas deverá ser feito pela presidenteDilma, "muito provavelmente", segundo Lobão, em uma reunião no dia 7 de agosto, no Palácio do Planalto. A presidente deverá se reunir com os maiores empresários brasileiros para discutir investimentos no país e a renovação de concessões nas áreas de energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Para Lobão, a produção de energia elétrica é uma atividade barata no país, mas que encarece até chegar no consumidor final. O governo, afirma o ministro, está tentando "retirar os obstáculos" do setor.

"A energia, na origem, na geração, é barata, mas ao longo do caminho ela vai encarecendo. O que nós estamos fazendo basicamente é retirar os obstáculos do meio do caminho para que ela chegue na ponta por um preço mais barato". (Fonte: O Estado do Maranhão)

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